Rui Costa, líder das águias, reconheceu, esta segunda-feira, que o clube está já a projetar a nova conquista e admitiu ainda respeitar todas as opiniões, quando confrontado com o facto de Sérgio Conceição achar que o F. C. Porto era a equipa mais forte, posição que esbarrava na ideia por si defendida de que o Benfica "era um campeão com todo o mérito".
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Os encarnados acabaram de conquistar o 38º título, mas Rui Costa tem a "convicção de que a partir de amanhã irá estar a trabalhar para o 39º". O líder das águias falava aos jornalistas à entrada do jantar que juntou o plantel, elementos do clube e alguns patrocinadores, na noite desta segunda-feira, em Lisboa.
"Quem está no meu lugar espera que seja o primeiro de muitos. Mas agora vem o mais difícil. Ganhar a seguir a vencer é sempre mais difícil do que vencer o primeiro título", destacou.
Questionado sobre se a vitória também representava uma rotura com o passado, o dirigente preferiu centrar o discurso no futuro. "Estamos sempre a olhar para a frente. Não há ninguém que possa estar aqui e a olhar para o passado. Neste clube ganha-se pelo Benfica e não contra ninguém. Não é preciso estar a falar de outras coisas senão a de dar o mérito ao que fizemos. Fomos campeões com todo o mérito", referiu. Mas Sérgio Conceição não concorda? "Respeito as opiniões de todos e acabei de dizer que no Benfica ganha-se pelo Benfica e não contra ninguém. E isso aqui é imperioso", acentuou.
O responsável não levantou o véu sobre as questões de Otamendi (renovação) e Gonçalo Ramos (eventual saída), "irão saber de tudo em breve", e abordou a decisão de João Mário deixar a seleção."Como português é menos um bom jogador na seleção. Mas respeito a decisão", destacou.
Ao fim de poucos meses são já dois jogadores das águias que abandonam a seleção - Rafa foi o primeiro - num cenário ao qual não atribui qualquer relação.
"Isso não está em causa, pois são jogadores que representaram a seleção muitos anos. Chega a uma altura da carreira em que pode achar-se que não há mais nada para dar à seleção ou que já não se consegue conciliar as duas coisas. Eu, enquanto jogador, depois do Euro 2004 também disse que o meu tempo tinha chegado ao fim".