
Foto: António Cotrim/Lusa
Rui Costa tomou posse como presidente do Benfica, após a lista que encabeçava vencer no sábado a segunda volta das eleições para o quadriénio 2025-2029, apelando à união em torno do clube.
No discurso de tomada de posse como 34.º presidente da direção das "águias", Rui Costa começou por se dirigir aos benfiquistas, destacando a "vitalidade democrática" do clube e a extraordinária adesão dos associados.
O presidente recém-empossado, que tinha sido eleito pela primeira vez em 2021, teve 1.266.105 dos votos e superou a concorrência de João Noronha Lopes (655.566), semanas após a primeira volta do escrutínio, na qual o antigo internacional português já tinha recolhido o maior número das preferências.
Rui Costa agradeceu a confiança à nação benfiquista e garantiu que continuará a "trabalhar para mais vitórias, mais títulos e mais Benfica", através da materialização de ideias e projetos, "com renovada exigência e ambição", apelando à união e fortalecimento do espírito coletivo. Considerou que ganhou uma "responsabilidade acrescida" ao ser reeleito por mais de 93 mil sócios, mas vincou que "o ato eleitoral já acabou" e vai "tentar fazer melhor" no novo mandato. "Ganhei uma responsabilidade acrescida. Os sócios conferiram-me esta honra, esta responsabilidade e eu tenho de corresponder a isso", disse Rui Costa, ainda no Pavilhão n.º 1 do Estádio da Luz, após tomar posse para um novo mandato, quando questionado sobre se tinha ganho um novo fôlego na liderança do clube.
"Para que não houvesse dúvidas da grandeza do clube, os benfiquistas vieram à rua outra vez, mostraram a dimensão do Benfica e fomos um exemplo claro para o mundo inteiro. É um voto de confiança enorme que os sócios me conferiram e, como já disse, conheço e sei bem essa responsabilidade", comentou o antigo jogador dos encarnados.
No discurso de tomada de posse, Rui Costa não esqueceu os restantes candidatos e, sob um "espírito de unidade", convidou-os a assistirem ao encontro de hoje, entre Benfica e Casa Pia, a contar para a 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, na tribuna presidencial do Estádio da Luz.
Questionado sobre se vai convidá-los também para participar no futuro do clube, lembrou que todos os benfiquistas querem "o mesmo", mas foi claro quanto a essa possibilidade. "O debate eleitoral acabou. Quando há seis candidatos, há muitas ideias em cima da mesa, mas no final do dia somos todos do Benfica", atirou o líder do clube.
Por fim, assumiu que "em cada mandato há coisas que não são bem feitas" e prometeu trabalhar para "melhorar diariamente o clube". "Mesmo quando tudo parece bem feito, num clube desta dimensão, há sempre muita coisa que não é bem feita. Portanto, aquilo que nós pretendemos é fazer melhor aquilo que não fizemos tão bem", apontou.
Este ato eleitoral foi o mais participado da história do Benfica e constituiu um recorde mundial, com um total de 93.081 sócios votantes, que superaram em cerca de sete mil os que se verificaram na primeira volta (86297), que já tinha dobrado os 40.085 do escrutínio anterior, em que o antigo futebolista internacional português tinha derrotado Francisco Benítez.
A lista liderada por José Pereira da Costa, que já desempenhava o cargo, venceu as eleições para a Mesa da Assembleia Geral, com 1.235.088 dos votos, contra 656.801 da lista liderada por Gonçalo de Almeida Ribeiro (656.801), enquanto para o Conselho Fiscal foi eleita a lista encabeçada por Raul Fernando Martins (1.090.147), que derrotou o elenco comandado por António Bagão Félix (824.476).
Para a Comissão de Remunerações os sócios dos Benfica escolheram a lista encabeçada por Eduardo Stock da Cunha, com 1.229.428 votos, contra 658.826 da que era liderada por João Moreira Rato.
