O Santa Clara quer receber um apoio para fazer face às despesas de logística, caso o clube tenha de jogar o resto da Liga de futebol fora de casa devido à covid-19.
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"Nós precisamos de apoio para suprir as questões de logística que vamos ter. Desde passagens aéreas, alojamento, alimentação, transportes, estadias. É um conjunto de despesas muito grande que vamos ter e que surgem do facto de não conseguirmos jogar em nossa casa", disse à agência Lusa o presidente do clube açoriano, Rui Cordeiro.
Nas últimas semanas, foi avançada a possibilidade de os clubes insulares da Liga (Santa Clara e Marítimo) jogarem no continente, de forma a mitigar os potenciais contágios do novo coronavírus.
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Uma possibilidade que foi inicialmente sugerida pelo Santa Clara, com o objetivo de "garantir a saúde dos açorianos", apesar de Rui Cordeiro reconhecer que a decisão iria provocar uma quebra de receita, "que tanta falta faz" às empresas açorianas que vivem um momento de "aflição".
O clube açoriano entende que o apoio "deverá ser atribuído pela Liga em sintonia com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF)".
Os encarnados de Ponta Delgada estimam que a deslocação e a estadia no continente para disputar o resto do campeonato custe entre os 150 e os 200 mil euros.
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O Santa Clara pede uma "resposta urgente" quanto ao futuro da I Liga, assinalando que está a aguardar por uma "decisão da Liga de clubes em sintonia com a FPF".
Rui Cordeiro frisa que a formação açoriana "ainda não tem um local definido" para jogar as dez jornadas em falta.
"Nós não sabemos o local dos jogos, temos de tratar da estadia, dos transportes, da alimentação. Há a questão das ligações aéreas, que são muito diminutas por questões de saúde. As perguntas são muitas e nós precisamos de algumas respostas para organizar a nossa vida", destacou o dirigente.
A Liga, na qual o Santa Clara está no 10.º lugar, com 30 pontos, tem o seu retorno agendado para 30 e 31 de maio, para se disputar as restantes 10 jornadas.