Adaptação à diferença horária e ao inverno mais rigoroso do que o costume são os primeiros desafios na Nova Zelândia. Relvados também preocupam. A estreia será no dia 23 frente aos Países Baixos.
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A Nova Zelândia está 11 horas e duas estações do ano adiantada em relação a Portugal. Quando cá é noite, lá é dia; quando deste lado se dorme, do lado de lá vive-se acordado; enquanto por aqui se goza o verão, por lá lida-se com o inverno. A biologia do planeta mantém-se a salvo da intervenção do Homem, vai-se aguentando e ajustando com uma força admirável e isso, neste caso, levanta problemas à maioria das seleções que vão marcar presença na nona edição do Campeonato do Mundo feminino. Portugal incluído, é possível dizer pela primeira vez. Assim, a estreia da seleção portuguesa no maior palco futebolístico dar-se-á bem longe e os próximos dias serão determinantes para as jogadoras se ambientarem a um contexto que exige atenções redobradas a aspetos fundamentais para o rendimento desportivo.
“O fuso horário mexe significativamente no relógio biológico e gera desequilíbrios no sono, que é um aspeto determinante para o desempenho físico e mental. Quando não dormimos bem, é mais difícil render ao melhor nível, já que todo o processo de recuperação do organismo depende disso”, explica, ao JN, João Silva. Com base em estudos científicos, o fisiologista adianta que “por cada hora de diferença é preciso um dia de recuperação”, pelo que a decisão de Portugal em chegar à Nova Zelândia precisamente 11 dias antes da estreia frente aos Países Baixos (dia 23, às 8.30 horas) é adequada e justitificada para atenuar o impacto da diferença.