Sérgio Conceição: “Shakhtar fragilizado? As equipas superam-se nos momentos difíceis”

Sérgio Conceição não se deixa enganar pelas dificuldades que o Shakhtar Donetsk tem atravessado desde o início da invasão russa à Ucrânia. Apesar de reconhecer que o clube ucraniano passa por dificuldades, entre elas a necessidade de jogar fora do país, o treinador do F. C. Porto deixou elogios ao adversário. 

“Estamos habituados a ver o Shakhtar a ser a equipa número um na Ucrânia e estar presente na Champions. Está a passar um momento difícil, mas é nessas alturas que as equipas se superam. Acredito que será uma equipa muito motivada. Não tem tantos estrangeiros, mas tem jovens de qualidade e outros jogadores experientes. Acredito que será um bom espetáculo e que podemos ganhar não por demérito do adversário mas por mérito nosso”, disse Conceição, em Hamburgo, na Alemanha, palco do jogo de terça-feira.

“São três pontos importantes que estão em jogo. Este grupo é equilibrado, tem um campeão belga, um campeão espanhol, uma equipa que domina o futebol ucraniano. Podemos meter o Barcelona acima dos outros, mas uma coisa é o plano teórico, outra é a prática”, acrescentou. 

Depois de ter apostado num sistema de três centrais frente ao Estrela da Amadora, Sérgio Conceição não adiantou se a aposta é para manter, embora admita que “a forma como Marcano participa na equipa, defensiva e ofensivamente, pode provocar alguma mudança”: “Temos um plano de jogo e um grupo que me dá garantias”, disse. 

Por outro lado, o técnico subscreveu o que Pepe disse em relação à motivação e à importância do lado emocional e da paixão, dando o exemplo do central.

“Quem é apaixonado pelo futebol e trabalha num clube em que se gosta muito, é sempre como a primeira vez. Depois do jogo com o Estrela da Amadora, chegámos ao Dragão às 2h15 da manhã e houve um jogador com 40 anos que foi para o Olival descansar, à espera do próximo treino. Era o que menos precisava e foi para lá porquê? Porque é apaixonado. Tenho a certeza que amanhã vou ter as mesmas sensações de como se fosse o primeiro”, frisou.