Miguel Braga, diretor de comunicação do clube, arrasou, esta quinta-feira, o critério de decisões do órgão disciplinar e compara sanções dos jogadores do F. C. Porto com as dos atletas leoninos.
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Num editorial, publicado no jornal do clube, o responsável faz uma extensa exposição de alguns casos em que considera haver injustiça por parte do Conselho de Disciplina (CD) na análise daquele órgão.
"Ficámos a saber que para o CD, um pontapé de Agustín Marchesín é menos grave que uma estalada de João Palhinha: o internacional argentino foi castigado com dois jogos, o internacional português com três (falhando por isso o confronto com o F.C. Porto para a Taça de Portugal). Este é o mesmo CD que castigou Uribe com apenas um jogo quando este agrediu violentamente Ricardo Esgaio com uma cabeçada no nariz. Ou seja, uma cabeçada violenta deu direito a um jogo de suspensão, um pontapé a dois jogos, já a estalada corresponde a três jogos (o triplo da cabeçada de Uribe digna de um filme de Steven Seagal)", pode ler-se.
Por outro lado, o responsável lembra que Matheus Reis "agredido por mais do que uma vez por elementos dos coletes azuis e cor de laranja, tem um processo disciplinar por gesto incorreto executado no decorrer do jogo, amplamente divulgado na comunicação social e que não foi relatado em relatórios oficiais". O dirigente concluiu referindo que o "CD achou normal e recomendável o comportamento de Otávio que, em direto, insultou e desafiou consecutivamente Bruno Tabata para um duelo nos balneários" e refere ainda num clássico anterior "onde o filho do treinador do FC Porto cuspiu na direção de Pedro Porro, insultando a mãe deste. Foi aberto processo? Não", destaca.
Aquele elemento refere-se ainda ao caso de Coates. "As imagens também desmentem de forma escandalosa o amarelo que vai retirar Sebastián Coates do próximo jogo com o Estoril. No mesmo lance, Taremi não só pisou de forma grosseira o central uruguaio, como conseguiu voar posteriormente, rebolando no chão cinco vezes sobre si próprio, tal era a dor provocada pelo pisão... que deu. A injustiça decorrente deste lance caricato e revoltante, que marcou o jogo e possivelmente este campeonato, e que foi amplamente divulgado na comunicação social, segundo este Conselho de Disciplina é para manter. Coerência, acima de tudo: que a verdade objetiva das imagens não se sobreponha a erros clamorosos dos homens do apito ou a descritivos subjetivos de um qualquer relatório".