O Sporting venceu, ontem, o Nordsjaelland, na Dinamarca, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa. Os leões ganharam com um golo de Vukcevic e só se podem queixar de si próprios por não terem marcado mais.
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Vitória natural do Sporting, ontem, em Farum, ante um Nordsjaelland que demonstrou não ter tarimba europeia, nem qualidade para assustar um leão ainda a dar os primeiros passos, mas que entrou com o pé direito na época, em jogos oficiais. Os portugueses estão em vantagem na eliminatória e a segunda mão, na próxima quinta-feira, em Alvalade, deverá ser uma mera formalidade.
Ainda assim, foram os dinamarqueses a assustar. Logo aos dois minutos, Andreas Laudrup (filho de Michael Laudrup) apareceu na cara de Rui Patrício, mas para defesa do guarda-redes. Patrício acabou por ser titular e foi a única alteração em relação ao onze que jogou com o Manchester City. Valdés e Liedson foram suplentes, com Vukcevic a titular e Saleiro e Postiga como dupla atacante. Daniel Carriço foi o capitão de equipa.
O Sporting acusou a oportunidade nórdica e demorou a assentar. Paulo Sérgio pediu uma equipa arrogante e a mandar e foi isso que se viu. Os leões continuaram na mesma estratégia: pressão alta, circulação de bola, tentar avançar no terreno e, desta forma, anularam o contra-ataque do Nordsjaelland, a principal qualidade dos dinamarqueses.
Assim que o jogo verde e branco assentou, nunca mais o Sporting perdeu o controlo da partida. Depois de alguns avisos em remates de longe, foi Vukcevic a marcar o golo, após um passe de Maniche a rasgar a defesa nórdica.
No entanto, a vantagem no marcador não galvanizou a equipa leonina. O Sporting pareceu algo preso a atacar e não conseguiu criar desequilíbrios laterais. A melhor ocasião foi de Postiga, mas com um remate fraco, à figura de Jesper Hanssen.
Portugueses entram com tudo
Na segunda parte, já com Miguel Veloso no lugar do lesionado Pedro Mendes, o Sporting entrou com tudo e podia ter resolvido a eliminatória no quarto-de-hora inicial.
A réplica do Nordsjaelland foi nula e, não fosse o guarda-redes dinamarquês e as habituais balas de pólvora seca no ataque sportinguista, e o resultado tinha sido outro. Postiga voltou a ser o mais perdulário. Em dois minutos, viu um defesa cortar uma bola em cima da linha de baliza e Jesper Hanssen negar-lhe outro golo.
Depois, foi Maniche a errar o alvo. Um leão mandão, sempre em cima do oponente, mas sem conseguir marcar mais golos. A um quarto-de-hora do fim, foi o poste a negar o 2-0 novamente a Postiga. Pouco depois de entrar na partida, Valdés voltou a provar ser de remate fácil, mas Jesper Hanssen voltou a brilhar.
Os últimos dez minutos foram os piores do Sporting em toda a partida. Talvez pelo cansaço, os verde e brancos cometeram vários erros, sobretudo a meio-campo e permitiram que o Nordsjaelland se galvanizasse um pouco. Os dinamarqueses terminaram a partida a pressionar e, tal como no início, assustaram Rui Patrício. Mas Granskov rematou ao lado. Um domínio muito consentido, diga-se.