Pela primeira vez na história do campeonato nacional de futsal, uma equipa sagrou-se campeã em quatro edições consecutivas. O feito foi alcançado pelo Sporting, que festejou o "tetra" com um triunfo sobre o Braga (6-3), no Pavilhão João Rocha, que lhe permitiu fechar a final da Liga em apenas três jogos.
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O Pavilhão João Rocha encheu na esperança de poder celebrar, no primeiro "match point", um inédito tetracampeonato na história do futsal do Sporting, e do próprio campeonato, que estava a apenas uma vitória de distância.
Os primeiros minutos foram prometedores para o lado leonino. Ao minuto 5, Alex Merlim "bailou" na frente de Fábio Cecílio, deixou-o para trás e rematou, forte e colocado, para o 1-0. Logo a seguir, Taynan surgiu na cara de Dudu, que foi eficaz no condicionamento da ação do pivô sportinguista. Porém, o 2-0 acabaria mesmo por surgir, ao minuto 9, num lance infeliz de Fábio Cecílio, que desviou para a sua baliza um remate de Diogo Santos.
O cenário ia-se compondo para o Sporting, mas o Braga não demorou a reagir. Na sequência de uma reposição lateral, Tiago Brito reduziu para a margem mínima, quebrando um jejum de golos bracarenses na final da Liga que durava há mais de um jogo e meio.
Só que, apesar do golo sofrido, os leões continuavam a ditar leis na 'quadra'. Não fosse a inspiração de Dudu, felino entre os postes e muito atento nos lances em que se viu forçado a deixar a sua baliza para travar as aproximações dos adversários, e o resultado poderia ter ganho outra expressão num curto espaço de tempo. Isso e a desinspiração de Zicky Té que, no coração da área, rematou para fora na recarga a uma defesa incompleta do guardião bracarense (12 minutos).
O internacional português redimiu-se ao minuto 16, quando apontou o 3-1, a passe de Alex Merlim. Na génese do lance, Dudu voltou a brilhar, ao travar um remate em zona frontal de Taynan.
Outro dos momentos-chave do terceiro jogo da final da Liga de futsal aconteceu no último minuto da etapa inicial. Primeiro, Fábio Cecílio, por duas vezes, ficou perto de tornar a reduzir a desvantagem bracarense para a margem mínima, mas o guardião sportinguista, Henrique, e Tomás Paçó não o permitiram. Na resposta, o Sporting fez o 4-1, apontado por Pauleta, na sequência de um contra-ataque letal conduzido pelo guarda-redes leonino.
O domínio dos verde e brancos manteve-se no arranque da segunda parte, com Sokolov a dispor de duas boas ocasiões para ampliar a vantagem no marcador e Pauleta a acertar no poste, ao minuto 6. O 5-1 não demorou a surgir, apontado por Zicky Té, na conclusão de um lance individual em que demonstrou todas as suas aptidões técnicas e físicas, perante um resignado Tiago Sousa.
Sem nada a perder, Joel Rocha, treinador do Braga, apostou em Tiago Brito como guarda-redes avançado, a meio da segunda parte. Mesmo assim, eram notórias as dificuldades dos arsenalistas em criar situações de finalização perante um Sporting exímio na defesa da sua baliza. Como recompensa, aproveitou o risco assumido pelos bracarenses para ampliar a vantagem, por Alex Merlim, num remate de longe para a baliza deserta, a sete minutos do fim.
Jogando pela honra, o Braga ainda conseguiu reduzir, por Ygor Mota e Fábio Cecílio, mas ficou-se por aqui, perante um Sporting confiante, que controlou o jogo na reta final apoiado por um pavilhão em apoteose.
O Sporting junta o título de campeão nacional à Taça da Liga conquistada, em janeiro, após ter derrotado o Benfica (4-2), numa final disputada na Póvoa do Varzim.