Puricha Hirunyupakorn, tailandesa de 31 anos, é uma das muitas fãs que Iker Casillas tem pelo Mundo inteiro. Mas está longe de ser apenas mais uma.
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A prova está no cartaz que exibe na foto e que a acompanhou no encontro de anteontem, frente ao Belenenses. "10 553 quilómetros para ver a tua grandeza Iker".
É que, sim, ela partiu quinta-feira, de Banguecoque, na Tailândia, fez uma escala demorada em Frankfurt, e chegou à Invicta, na sexta-feira, ao fim de 20 horas de viagem. Tudo para poder ver Iker Casillas, o guarda-redes que idolatra desde 2002.
"Nesse Mundial, a Espanha foi afastada depois de perder com a Coreia do Sul, nos penáltis. Apesar de a culpa cair sempre em quem defende, percebi que ele era um grande guarda-redes. Foi isso que me fez começar a apoiá-lo", conta, num inglês esforçado, ao JN.
Por isso, em 2014, até fez questão de ir, com um cartaz bem grande, para a terceira fila do Santiago Bernabéu, na esperança que ele a a visse. E até comprou antecipadamente bilhete para o Euro 2016, em França, a contar que fosse possível vê-lo em ação. Não foi, é certo, mas Puricha viu agora o esforço recompensado.
Desta vez, regressa a casa com um abraço de Iker na bagagem. "Contactei o Twitter do F. C. Porto para pedir uma informação, falei dele e, no fim do jogo, uma pessoa do clube foi-me buscar à bancada para o ir conhecer", conta-nos, entusiasmada.
O encontro foi dificultado pela língua - Puricha não fala espanhol, Iker viu-se grego para lhe perceber o inglês -, mas nada que a linguagem gestual não resolva. "Levantei os braços e ele acabou por perceber que eu queria um abraço", conta, com uma gargalhada.
Antes, quando o jogo terminou, o guarda-redes espanhol já tinha feito questão de lhe ir oferecer as luvas. "Não sei como descrever. Foi de loucos. Um sonho tornado realidade", garante, ela que ontem, antes de partir, ainda foi conhecer o Museu do F. C. Porto.