Além da regra de só permitir a entrada de 33% da lotação, DGS distingue medidas em jogos com recintos fechados e abertos.
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A obrigatoriedade de realização de testes de despistagens à covid-19 para se assistir a um jogo de provas amadoras e de formação apenas se vai aplicar, em recintos exteriores, para casos de mais de mais de mil pessoas nas bancadas, correspondendo a 33% da lotação.
Apesar da norma da Direção Geral de Saúde (DGS) ainda não ter sido oficialmente divulgada, o JN sabe que aquele organismo já alinhavou as principais regras orientadoras de procedimentos a aplicar, em relação ao regresso do público a eventos desportivos.
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As principais novidades residem na divisão em duas grandes categorias, conforme se trate de encontros a realizar em recintos fechados ou em espaços abertos. No primeiro caso, será permitida a entrada, sem necessidade de testagem, até 500 pessoas, enquanto nas partidas ao ar livre, o número limite duplica. As regras vigorarão, pelo menos, até dia 28 deste mês, qualquer que seja a modalidade ao nível amador e de formação, excluindo as competições profissionais, que terão medidas próprias.
Para se assistir a um jogo, por exemplo, num pavilhão gimnodesportivo, não é preciso apresentar testes rápidos à covid-19, no caso da assistência não ultrapassar o meio milhar de espectadores. O mesmo se aplica em espaço abertos, podendo, por exemplo, ser possível preencher as bancadas até mil pessoas, sem necessidade de testagem prévia. Isto, claro, sempre respeitando a regra de ocupação de apenas um terço da lotação das bancadas, utilização obrigatória de máscara, cumprimento de medidas de higiene e de distanciamento.
Um caso concreto: no passado domingo, o jogo de futebol distrital Alpendorada-Pedroso, relativo à final da Taça A. F. Porto, disputou-se em Rebordosa, Paredes, recinto que tem capacidade para seis mil pessoas. Com um terço da lotação preenchida (dois mil) seriam necessários testes para permitir o acesso do público ao encontro.
As regras já deviam ter sido anunciadas desde a semana passada, assim que ficou decidido, em Conselho de Ministros, antecipar de 14 para o dia 11, a nova fase de desconfinamento. Mas, quase uma semana depois, entidades e clubes continuam a aguardar que a DGS anuncie as normas, para então as colocarem em prática.
Entidades alertam para a necessidade de esperar ordens
O compasso de espera tem desesperado, sobretudo, os pais dos atletas de camadas jovens, que não têm poupado nas críticas relativamente ao processo de regresso de público aos jogos. As mais diversas associações e federações estão a alertar para a necessidade de os clubes não permitirem entradas nos jogos, antes de a DGS publicar as normas. Mas, no último fim de semana, vários encontros tiveram público e outros continuaram a jogar-se à porta fechada.
Autarquias cedem em certos casos
As ligas profissionais ou equiparadas poderão funcionar com lotação de 33%, a partir do dia 28 deste mês, mas têm também de aguardar por instruções da DGS. Por movimentarem números mais altos de público, os testes deverão ser ainda mais frequentes.
Ligas profissionais na expectativa
As ligas profissionais ou equiparadas poderão funcionar com lotação de 33%, a partir do dia 28 deste mês, mas têm também de aguardar por instruções da DGS. Por movimentarem números mais altos de público, os testes deverão ser ainda mais frequentes.