Benfica fez mais remates, jogou contra 10, mas erro de António Silva deitou tudo a perder. Raphinha voltou a ser o herói do Barcelona e fez o golo que gelou a Luz.
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Entre um erro capital e muito desperdício no ataque, o Benfica caiu, ontem, na Luz, frente ao Barcelona, por 1-0, na primeira mão dos oitavos de final, e o apuramento para os quartos tornou-se um cenário difícil de concretizar. Apesar de terem ficado reduzido a 10 elementos logo aos 22 minutos, devido à expulsão de Cubarsí, os catalães aguentaram bem a pressão encarnada e fruto de um erro de António Silva, a bola chegou a Raphinha que se encarregou, mais uma vez, de traçar um destino vitorioso ao “Barça” na Luz.
O Benfica merecia mais, mas nunca conseguiu ser eficaz e o triste destino de golos falhados começou a ganhar forma mal o duelo começou.
Num arranque frenético, que fez recordar o primeiro Benfica-Barça, realizado a 21 de janeiro, Akturkoglu quase fez o primeiro golo e até à expulsão, as oportunidade dividiram-se entre as equipas num jogo que se adivinhava ser de enorme espetáculo até ao fim, como há um mês e meio. No entanto, nada disso se concretizou: a expulsão não beneficiou o Benfica, que apesar de boas oportunidades e de ter jogado em profundidade nunca conseguiu materializar algum ascendente em golos, nem a própria partida de futebol, que passou a ser fechada e pior jogada. O Barcelona passou a alinhar em contenção com olho no contra-ataque quando tinha espaço, já o Benfica tentou explorar as alas, mas o guarda-redes Szczesny foi sempre uma barreira intransponível.
No segundo período, os encarnados mudaram, inclusive, a forma de jogar, com apenas dois médios e quatro homens de ataque, mas nem assim aconteceu o desequilíbrio. Com maiores ou menores dificuldades, o Barcelona, atual líder da classificação espanhola, conseguia afastar a bola no momento certo e nem a presença de dois avançados do Benfica mudou o cenário.
Mais tarde, na reta final, Renato Sanches voltou a jogar, após uma ausência de quase dois meses, e foi o último a testar as aptidões do excelente guarda-redes polaco do Barcelona. Antes, o árbitro assinalou uma grande penalidade favorável ao Benfica mas, no início do lance, Pavlidis arrancou em fora de jogo. Akturkoglu foi o elemento que mais se destacou contra a pouca inspiração de Schjelderup e de Pavlidis, que tiveram dificuldades para encontrar o caminho do golo. Vinte e seis remates contra só 10 do “Barça” não foram suficientes sequer para o empate. A eliminatória ficou difícil para o Benfica, mas nada está perdido, a hipótese de Di María e de Florentino serem utilizados em Montjuic pode tornar-se num acréscimo de qualidade.