
William roubou a bola ao guarda-redes do Tondela no segundo golo
Foto: Paulo Novais/EPA
Vitória na Beira Alta, com golos de rajada no início da segunda parte, garante maior vantagem à equipa portista na luta pelo título. Samu e William Gomes decidiram.
Uma entrada a matar no segundo tempo valeu ao F. C. Porto o triunfo que lhe permitiu capitalizar o empate no dérbi lisboeta da passada sexta-feira. Foram mesmo dois minutos fulminantes e fatais para o Tondela, que até ao intervalo conseguiu emperrar o futebol portista. Nesse período, os dragões jogaram a uma velocidade pouco condizente com a vontade de resolver o mais depressa possível um jogo de vitória obrigatória na luta pelo título.
Depois das poupanças na Taça da Liga, Francesco Farioli devolveu os pesos-pesados ao onze azul e branco, mas não se viu nenhum tipo de rolo compressor na Beira Alta. É um facto que o perigo rondou a baliza tondelense numa série de ocasiões (a primeira das quais numa inesperada combinação entre dois defesas da casa que ia dando autogolo), mas nem Samu, nem William Gomes conseguiram desfazer o nulo. Quando Rodrigo Mora acertou com as redes, aos 33 minutos, o VAR descobriu um fora de jogo de 25 centímetros que anulou a festa portista.
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O Tondela viu-se pouco no ataque e causou o maior desconforto na área visitante num livre lateral em que a bola chegou a entrar na baliza de Diogo Costa depois de uma falta assinalada sobre Froholdt, recolhendo aos balneários com a sensação (precoce) de dever cumprido.
Farioli terá puxado as orelhas à equipa azul e branca nas cabinas porque o que se viu no início da segunda parte foi muito diferente. Mais rápidos, os dragões empurraram o adversário para trás e o golo não tardou, num canto em que Kiwior forçou uma defesa incompleta do guarda-redes da casa e Samu estava no sítio certo para a recarga. No minuto seguinte, Bernardo cometeu um erro colossal numa saída de bola e a pressão de William Gomes, que já dera resultados frente ao Estoril, valeu o 0-2 para o F. C. Porto e deixou a partida praticamente decidida, mesmo com muito tempo para jogar.
Em vantagem, os líderes do campeonato puderam voltar à gestão física que tem marcado as últimas semanas. Ainda incomodado pela entorse sofrida na semana passada, Gabri Veiga não chegou a entrar e do banco portista saltaram outras armas para o ataque, incluindo o regressado Deniz Gul, numa reta final sem ponta de emoção, tal a incapacidade do Tondela para reabrir o jogo e a satisfação dos dragões com um resultado sem dúvida importante para as contas do campeonato.

