O treinador da equipa feminina de judo do Japão, Ryuji Sonoda, demitiu-se do cargo, um dia depois das denúncias de maus tratos infligidos às atletas olímpicas.
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De acordo com as agências de notícias nipónicas Jiji e Kyodo, Ryuji Sonoda declarou que seria "difícil" para si continuar no cargo, e pediu desculpa às atletas pelos seus atos.
Quarta-feira, as autoridades nipónicas revelaram que as atletas da equipa olímpica de judo foram agredidas regularmente com espadas de bambu e esbofeteadas pelo seu treinador.
"Quero pedir desculpas profundamente por ter causado problemas a todos os atletas e a todos aqueles relacionados com aquilo que fiz e disse", indicou Sonoda, antigo judoca campeão do mundo atualmente com 39 anos.
Sonoda justificou a decisão de demissão do cargo por ser "difícil continuar a seguir os planos de treino por mais tempo".
O grupo, que inclui atletas que participaram nos Jogos Olímpicos de Londres2012, alega que o treinador Ryuji Sonoda abusou repetidamente das judocas, esbofeteando-as e agredindo-as com espadas de madeira, semelhantes às usadas na arte marcial japonesa do kendo.
As atletas também apresentaram queixa pelo facto de algumas terem sido forçadas a competir mesmo estando feridas, referem as agências internacionais
"Pedimos à Federação de Judo do Japão para investigar o caso e para melhorar os seus métodos caso as acusações sejam verdadeiras, indicou quarta-feira fonte do comité olímpico japonês.
O líder da Federação, Koshi Onozawa, afirmou que a Federação advertiu Sonoda e outros treinadores, que admitiram várias acusações.
"Recebemos a informação de que o senhor Sonoda, o treinador principal da equipa nacional feminina, poderá ter feito bullying", afirmou Koshi Onozawa, numa conferência de imprensa em Tóquio, assegurando ainda que levou o assunto a sério e que questionou o técnico e as atletas descobrindo que "grande parte das acusações são verdadeiras".
A Federação de Judo disse a Sonoda e a outros treinadores que devem emendar o seu comportamento e que irão "enfrentar uma pesada punição, caso um incidente do género se repita no futuro", acrescentou.