De Jong e William Gomes marcam no melhor momento leonino. Diogo Costa segurou triunfo de um dragão que voltou a alto nível.
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Os golos de De Jong e William Gomes permitiram ao F. C. Porto vencer o Sporting (2-1), em Alvalade. Um triunfo dos dragões num clássico intenso, jogado em alta rotação, emotivo e com várias oportunidades em ambas as balizas.
Com a surpresa de Rodrigo Mora no onze, os dragões foram mais intensos, pressionantes e mais mecanizados do que o adversário, especialmente, na primeira parte. Ironicamente feriram o leão de forma letal, no melhor momento dos verde e brancos, com dois golpes distintos que premeiam as ideias da máquina coletiva de Farioli. E a arte, técnica e inspiração individual de William Gomes, um dragão à solta e com muito futebol em Alvalade, também fez a diferença.
Diogo Costa foi também decisivo no momento em que o Sporting procurava chegar ao empate. Resultado: o F. C. Porto passou no teste mais difícil da temporada e nota-se que a equipa está num patamar a lembrar os bons velhos tempos do clube. E tudo com muita mão de treinador italiano que coloca o dragão a vencer um clássico mais de um ano depois, após o triunfo na Supertaça precisamente diante dos leões.
Rui Borges perdeu pela primeira vez na Liga num leão algo hesitante e calculista na primeira parte, e que também falhou no plano ofensivo. Parecia embalado para puxar o estatuto de bicampeão no segundo tempo, mas os tiros do adversário, em apenas três minutos, atiraram-no ao inferno. Ainda assim nunca se rendeu e procurou inverter o destino.
O tiro de partida abriu a porta a um jogo vivo, intenso e repartido com os azuis e brancos a aproveitaram a confiança da ameaça inicial. William Gomes ainda testou Rui Silva, mas o leão foi subindo no terreno e deu sinal de vida com Suárez e Mangas. As equipas alternavam momentos de pressão com outros mais calculistas e, numa fase em que a intensidade dos dragões fazia moça na barreira leonina, De Jong e Froholdt podiam ter dado vantagem à equipa. Pote protagonizou uma chance ainda mais clara, logo depois, e negada por uma intervenção notável de Diogo Costa.
O leão surgiu mais agressivo, uma mudança de estratégia que encostou o oponente à área. Trincão fez brilhar Diogo Costa e Farioli reagiu com as entradas de Rosario e Zaidu. O momento provocou uma pausa na ascensão leonina e permitiu a descida mortífera com muito de laboratório. Alberto Costa, em associação com Wiliam Gomes, serviu De Jong. E ainda o leão sentia o golpe e via William Gomes desenhar outro golo, desta vez com muito perfume e magia, que o deixava no inferno. Apesar da adversidade, a equipa não desistiu, recuperou de forma enérgica e voltou à batalha com um autogolo portista. Alvalade voltou a acreditar, mas Diogo Costa liderou a resistência.
Mais:
William Gomes ligou o modo intenso desde muito cedo. Atemorizou Mangas, esteve na génese do primeiro e assinou o segundo num momento de magia que fica na galeria de Alvalade.
Menos:
Bednarek perdeu bola em zona proibida e sofreu um amarelo muito cedo. Jogo com vários erros. Moura borrou a pintura e foi salvo por Aberto Costa. Mangas sentiu dificuldade com William Gomes.
Arbitragem:
Utilizou um critério apertado em alguns amarelos e entendeu que o corpo a corpo entre Moura e Catamo foi legal. A arbitragem acaba por ter nota positiva.