Jogo entre o Inter Miami e o Real Salt Lake dá o pontapé de saída na 29.ª edição do campeonato americano, a primeira que contará com o argentino desde o início.
Corpo do artigo
Quando, em julho do ano passado, oficializou a que é considerada a maior contratação de sempre, não só do futebol mas também do desporto dos Estados Unidos, o Inter Miami era a pior equipa da Major League Soccer (MLS), que, por seu lado, não tinha uma visibilidade por aí além, mesmo no próprio país. Meses depois, a equipa da Flórida surge como uma das candidatas ao título e a MLS como uma das ligas mais mediáticas do Mundo. O que mudou drasticamente o panorama foi um homem: Lionel Messi.
Logo nos primeiros jogos do argentino em Miami, os preços dos bilhetes dispararam. Os patrocinadores e os contratos de publicidade atingiram proporções inéditas, os estádios ganharam mais adeptos, os acordos para a transmissão dos jogos do campeonato globalizaram-se. Agora que a liga americana de futebol se prepara para dar início à 29.ª edição, as expectativas são as mais elevadas possíveis. O primeiro jogo envolve logo o Inter Miami, que defronta o Real Salt Lake na madrugada desta quinta-feira (1 hora), e isso não será por acaso.
Ao mesmo tempo que recebeu o argentino, o clube que tem David Beckham como um dos proprietários deu as boas-vindas a Sergio Busquets. Pouco depois, contratou Jordi Alba e neste defeso reforçou-se com Luis Suárez. Reforços de luxo que, naturalmente, fazem do Inter Miami, que apenas começou a competir há quatro anos, um dos grandes candidatos a suceder ao Columbus Crew, o atual campeão da MLS.
No entanto, não terá havido outra equipa na história da MLS com tanta pressão para ter bons resultados e isso pode ter consequências. Depois de ser campeão em Espanha e em França, de conquistar todas as competições internacionais a nível de clubes e de seleções, Messi, cujo salário anual de 12 milhões de euros é superior ao orçamento total de cinco equipas da MLS, de acordo com a “ESPN”, aspira a conquistar mais títulos nos Estados Unidos.
Por outro lado, existe a expectativa de perceber se o impacto da chegada do argentino foi apenas um impulso ou se vai mesmo proporcionar uma mudança significativa no campeonato, a curto-prazo, mas também a longo-prazo. Clubes, dirigentes, treinadores e jogadores acreditam que sim.
Na época passada, Messi chegou com a liga já numa fase adiantada e, embora ainda tenha ido a tempo de ajudar os "herons" a conquistar o primeiro troféu da história (Leagues Cup), realizou apenas seis jogos, pelo que a edição de 2024 aparenta ser a estreia a sério do ex-jogador do PSG e aquela em que a sua presença se fará sentir com mais intensidade.