O presidente da Federação de Andebol de Portugal, Ulisses Pereira, anunciou, esta terça-feira, a recandidatura, com o intuito de prosseguir o objetivo de tornar o andebol "mais sustentável, mais desenvolvido, mais competitivo e mais forte".
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Ulisses Pereira aponta alguns aspetos que revestem de especial importância as eleições na Federação de Andebol de Portugal (FAP), como o início do ciclo olímpico 2012/2016 e a crise económica e financeira que atravessa o país e o mundo e que "não deixa ninguém de fora".
"A FAP não é exceção e nos últimos anos tem assistido a uma diminuição da mobilização de recursos públicos e privados para as suas atividades", refere Ulisses Pereira, considerando que tal "leva à mudança de paradigma da gestão da modalidade".
Segundo Ulisses Pereira, "esta situação leva a que se adeque as decisões da federação em função das condições financeiras atuais e das prioridades da modalidade" e "desenvolver uma forte cultura de inovação".
"Para isso, defendo a promoção da proximidade entre todos os agentes da modalidade, dando voz às associações regionais e de classe, bem como aos clubes, para um projeto comum a favor do andebol", defende Ulisses Pereira.
Ulisses Pereira foi eleito presidente da FAP a 31 de março, sucedendo ao demissionário Henrique Torrinha, que alegou "razões pessoais e de saúde" para continuar o mandato que termina a 31 de dezembro.
O atual presidente da FAP recorda que nos últimos seis meses foram já tomadas medidas que vão ao encontro dos objetivos propostos, como o envolvimento de figuras de referência da modalidade no dia-a-dia da federação e o ajustamento dos quadros competitivos.
"O reforço da relação com as associações regionais e de classe e a auscultação prévia das associações e clubes na tomada de decisões relevantes para o andebol português" foram outras das medidas, segundo Ulisses Pereira, posta em prática.
Ulisses Pereira considera que "foram ainda dados passos significativos, tendo em vista a indispensável estabilidade financeira da federação, como a reestruturação do passivo de curto prazo, transformando-o em longo prazo.
A FAP, de acordo com o presidente, está ainda em vias de concluir o pagamento de todas as dívidas a árbitros e associações regionais e a estabelecer acordo para o pagamento faseado a fornecedores.
"Ao mesmo tempo, vimos reforçada a representação portuguesa nos órgãos dirigentes da Federação Europeia de Andebol (EHF) e anunciada a candidatura à organização do Campeonato da Europa de 2015, no escalão de sub-19 feminino", acrescenta.
Ulisses Pereira considera que "há ainda um longo caminho a percorrer e que passa sobretudo pelo ajustamento da federação à conjuntura económica atual, pela diminuição dos custos dos clubes, aumentando a sua sustentabilidade, mas também pelo aumento da competitividade, a todos os níveis, de clubes e seleções, no panorama nacional e internacional".
"Esperam-nos muitos e motivantes desafios para honrar e prestigiar o andebol", acrescentou.
Ulisses Pereira referiu que oportunamente divulgará o programa com as linhas gerais da candidatura, assim como a constituição da equipa que o acompanhará neste desafio, à exceção do Conselho de Arbitragem, um órgão que, como sempre defendeu, deve ser constituído de forma independente.
"Tenho objetivos bem definidos para o andebol, que passam por consolidar a mudança operada com as eleições de 31 de março e centrar a federação na sua vocação", refere ainda Ulisses Pereira, na carta de intenções divulgada hoje.