Ultimato de jogadores sobre Mourinho "é simplesmente mentira", diz Florentino Pérez
O presidente do Real Madrid garantiu, esta quinta-feira, ser "rotundamente falso" que os capitães da equipa de futebol tenham dado qualquer ultimato sobre o treinador José Mourinho, considerando essas notícias uma "falsa" informação para "desestabilizar a equipa".
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"O publicado é simplesmente mentira. É rotundamente falso que no almoço com os capitães se tenha colocado qualquer tipo de ultimato sobre o treinador ou qualquer coisa parecida", disse Florentino Pérez, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid.
"Até percebo que algumas pessoas pretendam a saída de alguém. Mas recorrer à mentira para destabilizara a equipa, não me parece ético. Este caso é suficientemente grave para estar aqui eu hoje a falar", disse. "Tudo tem um limite, que se ultrapassou aqui", acrescentou.
O jornal Marca publica notícias sobre uma reunião que terá decorrido na terça-feira na sede da ACS (empresa de Florentino Pérez), durante a qual os jogadores terão alegadamente questionado a liderança do treinador português.
"Presidente: ou Mourinho ou nós", refere o Marca, afirmando que os capitães da equipa - Casillas e Sérgio Ramos - informaram Pérez e o diretor geral José Angel Sánchez de que "vários jogadores pediriam para ser transferidos se Mourinho continuasse".
O presidente do Real Madrid disse que o almoço a que se refere o jornal envolveu apenas quatro pessoas - ele próprio, o secretário-geral, e os dois capitães da equipa - e que "ninguém ligou a qualquer dos quatro a contrastar a informação".
"Em janeiro, e como habitual, temos sempre uma reunião com os dois capitães, para saber os bónus das várias competições da temporada em curso. A reunião, como habitualmente, decorreu num clima magnífico e com grande atitude de responsabilidade por parte dos capitães como tem sido habitual", considerou.
"Eu assumo as críticas da imprensa, ainda que sejam objetivamente injustas. Sempre demonstrei a minha capacidade de aguentar, mesmos os empenhados no descrédito. Mas há limites éticos que devem ser respeitados, inclusivamente pelos que não partilham o nosso projeto", afirmou.
Considerando "mentira" a notícia do jornal espanhol, Pérez disse que o assunto assume "tanta gravidade" que justificou a sua decisão de comparecer perante os jornalistas.
"Não falei com José Mourinho. Hoje quando vi a notícia, pensei que era de tal gravidade que justificava romper a norma e desmentir as coisas do dia-a-dia. Sei que nisto do desporto há algo de entretenimento, mas, quando se passa a linha da ética, aqui me terão na frente, defendendo esta instituição", afirmou.