Leões tiveram vantagem de dois golos, mas reação azul e branca deixou tudo na mesma no topo. Dragões falham recorde de triunfos consecutivos.
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Um jogo com momentos espetaculares, golos de alto nível e incerteza no resultado até, literalmente, ao último segundo não merecia um prolongamento destes. Tal como na primeira volta em Alvalade, dragões e leões empataram, mas o resultado final fica abafado pela enorme confusão que se gerou no relvado do Estádio do Dragão, com agressões entre atletas e staff das duas equipas.
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Muitos relatórios e acusações se vão escrever nos próximos dias sobre um dos clássicos mais explosivos dos últimos anos. Não faltarão, seguramente, processos disciplinares e castigos para os envolvidos e o jogo ficará, claro, para segundo plano, no que também já se poderá considerar um clássico do futebol português.
Mas, mesmo que possa não parecer, houve bola a rolar no Dragão, num duelo tático muito interessante e jogadas de perigo do princípio ao fim. Afinal, aos 20 segundos de jogo já Adán evitava o golo de Vitinha e a recarga de Taremi e, aos oito minutos, o Sporting marcava. Grande pormenor de Matheus Reis a receber e cruzar sem deixar a bola cair, com a cabeça de Paulinho a fazer o resto. O F. C. Porto atacava mais desde o início, mas o Sporting saía pela certa e, aos 34 m, elevou a contagem para 0-2. Belíssima jogada coletiva, com a participação de dez jogadores, novo cruzamento de Matheus Reis, assistência de Sarabia e Nuno Santos a festejar.
Os dois golos de vantagem não duraram muito. Apenas quatro minutos depois, a pressão azul e branca na área leonina deu frutos, com Taremi a descobrir Fábio Vieira que, de pé direito, não teve cerimónias e disparou para o fundo das redes. O vulcão da Invicta acordava, os jogadores pegavam-se e apenas o intervalo acalmou o ambiente.
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Por pouco tempo. Logo a abrir a segunda parte, Coates viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho, com o campeão nacional a juntar e recuar linhas para fazer frente ao que se viria a confirmar. O F. C. Porto procurou de todas as formas o caminho do golo - nem sempre com a calma -, que acabaria por surgir aos 78 m. Cruzamento perfeito de Fábio Vieira e cabeceamento fulgurante de Taremi para o 2-2. Os azuis apertaram o cerco em busca do recorde de 17 vitórias consecutivas, mas, no último instante, Adán fez uma defesa impossível e deixou tudo na mesma no topo da Liga.
Positivo
Fábio Vieira liderou a recuperação portista, com um golo e uma assistência. Matheus Nunes brilhou.
Negativo
As cenas lamentáveis que se viram no final do jogo. Mbemba falhou no 0-1 e a defesa leonina facilitou muitas vezes ao sair a jogar.
Arbitragem
Dúvidas num possível penálti de Gonçalo Inácio sobre Evanilson e na justiça do primeiro amarelo mostrado a Coates.