Summer Cup disputa-se em vários concelhos do distrito e reúne mais de dois mil atletas.
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São mais de dois mil atletas, entre os sub-14 e os sub-19. A Summer Cup, torneio de voleibol sediado na Lousã, comemorou em 2019 o 20. º aniversário e, ao contrário de há duas décadas, já junta 12 países. A organização destaca o caráter intergeracional do evento, em que antigos atletas já participam, agora, como treinadores ou árbitros.
"Este torneio já se tornou uma escola de agentes desportivos. Há muitas pessoas que participaram como atletas e agora já são treinadores, outros são árbitros. Temos árbitros que começaram como voluntários e agora são federados", aponta o fundador e coordenador da organização da Summer Cup, Luís Vidal.
A Summer Cup começou em 2000 com cerca de 100 atletas e oito equipas. "Começámos o torneio quando fundámos o Clube de Voleibol da Escola Secundária da Lousã", conta, ao JN, Luís Vidal. "De oito equipas passámos para 12, depois para 16, e começaram também a aparecer equipas espanholas. Em 2019, temos 87 equipas estrangeiras em 158 no total", descreve Luís Vidal, recordando que, para além de Portugal e Espanha, a Summer Cup 2019 teve equipas de França, Lituânia, Bélgica, Irlanda do Norte, Holanda, São Marino, Dinamarca, Itália, Polónia e Colômbia.
As fronteiras do torneio também se alargaram. Na edição deste ano, que decorreu em julho, houve jogos na Lousã, Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares, Góis e Coimbra. O coordenador revela que as equipas não jogam sempre no mesmo concelho, o que possibilita que conheçam toda a região e isso acaba por ser um sinal positivo até para as equipas estrangeiras. "Nesta zona, o alojamento e restauração estão sempre cheios. Os supermercados esgotam os produtos todos", aponta.
Muitos Voluntários
Num torneio com mais de dois mil atletas e disputado num raio geográfico de cinco concelhos, a logística é uma das questões mais complicadas para a organização resolver. Luís Vidal conta que, nos quatro dias em que ocorre o evento, há dezenas de autocarros parados junto aos pavilhões em que ocorrem os jogos. "É das partes mais difíceis", considera.
O voluntariado também é referido por Luís Vidal, ressalvando que muitos dos voluntários participaram no torneio em anos anteriores e o gosto foi tanto que acabaram a colaborar. "Temos muitos antigos atletas a oferecer-se para dar uma ajuda neste dias, e não só nesta zona. Há um árbitro holandês que participa todos os anos, em regime de voluntariado", revela o dirigente.