Cristiano Ronaldo abriu a caixa de Pandora e agora há mais craques a caminho do Médio oriente. Salários estratosféricos seduzem. O objetivo do país é limpar a imagem.
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O plano é simples: oferecer milhões e milhões para contratar algumas das maiores estrelas do futebol mundial. É assim que a Arábia Saudita quer dar um passo em frente, transformando-se numa das principais ligas. Cristiano Ronaldo foi o primeiro a aceitar a oferta do país do Médio Oriente e, desde logo, elogiou o campeonato. A influência de CR7 está à vista: dezenas de jogadores têm sido associados a uma mudança para a Liga saudita e Benzema, atual Bola de Ouro, já se transferiu para o Al Ittihad, onde irá auferir 200 milhões por ano. Kanté está próximo de percorrer o mesmo caminho e Sergio Ramos deverá ser o senhor que se segue.
"Sabia que, ao ir para a Arábia Saudita, ia abrir as portas". Ronaldo disse e parece ter razão. O Al Ittihad acenou com 100 milhões de euros para Kanté e o francês está perto de rumar a um novo campeonato. Além dele, craques como Sergio Ramos, Firmino, Busquets, Llloris, Alexis Sanchez e até Di María são alguns dos muitos futebolistas que têm sido associados a uma transferência para o Médio Oriente. Mas de onde vem o dinheiro? É simples. O Fundo Público de Investimento da Arábia Saudita, gerido pelo governo, comprou o Al Ahli, Al Ittihad, Al Hilal e Al Nassr e vai injetar rios de capital para adquirir algumas estrelas do futebol. O plano passa por fechar a contratação de muitos craques até 11 de agosto, data em que se inicia o campeonato.
O país quer tornar-se numa das principais ligas do Mundo, tal como disse Cristiano Ronaldo na apresentação no Al Nassr. Mas há mais razões. A Arábia Saudita é conhecida pelo petróleo, exportação que valeu fortunas ao país, mas tem a má fama de constantes violações dos direitos humanos, sobretudo para com as mulheres. Garantir as contratações de futebolistas de renome surge com o propósito de limpar essa imagem.
A Arábia Saudita pretende ainda organizar o Mundial 2030 e ter um campeonato mais desenvolvido, com jogadores famosos, poderá facilitar o processo. Até agora, os milhões parecem estar a resultar. Menos com Messi, que rejeitou 1,2 mil milhões para rumar ao Inter Miami, dos EUA.
Mourinho segue projeto romano e recusa oferta
O "assédio" saudita não se limita a jogadores. José Mourinho terá rejeitado uma oferta milionária de um clube para trabalhar na Arábia na próxima época. A informação foi avançada pela imprensa italiana, que explica que o técnico pretende cumprir o contrato com a Roma, válido por mais uma época, uma vez que ficou satisfeito com a reunião que teve com o presidente Dan Fridkin, onde ficaram definidas as futuras contratações. Já Jorge Jesus, que está no comando do Fenerbahçe, da Turquia, está a ser associado à seleção saudita. Caso a mudança se concretize, o treinador português passará a ser o selecionador mais bem pago, auferindo 10 milhões de euros limpos.
Por dentro
Investimento também no golfe
O Fundo Público de Investimento da Arábia Saudita também tem investimentos no golfe. O LIV Golf é financiado por esse fundo e atraiu vários dos melhores golfistas do Mundo, graças aos muitos milhões oferecidos aos desportistas.
Zaha pode fazer dupla com CR7
Wilfried Zaha está perto de se tornar colega de Cristiano Ronaldo no Al Nassr. O atacante, de 30 anos, termina contrato com os ingleses do Crystal Palace e já terá chegado a acordo com os sauditas. O próximo a juntar-se a CR7 pode ser o francês Hugo Lloris, experiente guarda-redes de 36 anos.