Os polícias com shotguns, as grandes motas, uma improvável Katty Xiomara (ainda longe de ser estilista) como guia e, mais importante do que tudo, o sabor da vitória no torneio em que teve as quinas ao peito. Eis algumas das memórias que guarda a camisola exibida pelo ex-futebolista Pedro Henriques, relativa à primeira internacionalização, como sub-16, e à participação no Torneio Internacional da Venezuela, que Portugal conquistou.
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"Fomos aos penáltis em dois dos jogos e eu, que nunca fui supersticioso, calhei de olhar para uma montanha que havia por trás do estádio num deles. Como correu bem, a partir daí fiz sempre isso", recorda o ex-defesa, comentador desportivo há dez anos.
Da seleção para os clubes, Pedro Henriques lembra também a época (1993/94), em que, no Benfica, cumpriu o sonho de ser jogador profissional. "Só fiz um jogo [o suficiente para ser campeão nacional], mas aquilo para mim foi uma festa. Quando um miúdo chega ao plantel sénior, o impacto de se sentar ao pé dos grandes jogadores é espetacular".
E se os anos no Belenenses, como sénior, foram aqueles em que se sentiu mais realizado, também guarda uns quantos momentos maus, um deles determinante: "O meu último ano na Académica, quando deixei de jogar prematuramente, porque não me permitiam que me tratasse noutro lado. Já tinha feito quatro cirurgias ao joelho e achei que não se justificava fazer mais. Acabei a carreira com 30 anos".
Passe curto
Nome: Pedro Ricardo Quintela Henriques
Naturalidade: S. Sebastião da Pedreira
Idade: 43 anos (16/10/1974)
Clubes que representou: Belenenses, Benfica, V. Setúbal, F. C. Porto, Santa Clara, Académica
Principais títulos: um campeonato e uma Taça de Portugal