AVC Famalicão especializou-se na vertente feminina da modalidade e já cativa atletas de toda a região
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Nascido em 1998 como Académico Voleibol Clube e recalibrado, em 2008, para Atlético Voleibol Clube, houve algo que nunca mudou nas duas décadas de existência deste emblema de Famalicão: a ambição e que a sigla AVC seja sinónimo de referência no panorama regional e nacional do voleibol feminino. Os resultados desportivos, e, sobretudo, os números da abrangência formativa, têm demonstrado que a missão tem sido bem sucedida, num clube que se especializou na vertente feminina da modalidade, e que, atualmente, acolhe mais de uma centena atletas, em vários escalões de formação. Todas têm o sonho de chegar à equipa sénior, líder do campeonato nacional, e que em 2015/16 teve como ponto mais alto a conquista do triplete (campeonato, Taça de Portugal e Supertaça).
Os responsáveis do AVC acreditam que os recentes sucessos da formação sénior servem de espelho motivacional para os restantes escalões, mas não abdicam da filosofia que a formação desportiva é tão importante como o desenvolvimento do caráter humano e social das suas atletas.
"Defendemos uma tríade de complementaridade entre família, escola e desporto. E se é certo que queremos conquistar títulos e ter representatividade, não nos deixamos iludir com sucessos imediatistas, porque formar jovens e preparar as cidadãs do futuro é o mais importante", partilhou com o JN Paulo Marques, coordenador e treinador do AVC.
A procura aumenta
Essa será uma das premissas que têm contribuído para que o clube já tenha ultrapassado as fronteiras de Famalicão, e esteja ser procurado por atletas de Braga, Santo Tirso e Viana do Castelo. Esse fluxo contribuí para que a família do AVC esteja a crescer ano após ano, e obrigada a procurar, com apoio da autarquia local, mais espaços de treino.
"É bom percebermos que já somos apetecíveis em outras localidades. Traz-nos responsabilidades acrescida, que nos obriga a trabalhar para a excelência", acrescentou Paulo Marques.
Com os apoios municipais, de patrocinadores, e também com a quotização das atletas, o AVC tem conseguido subir patamares desportivos, mas Rui Martins, um dos fundadores e atual presidente, garantiu que não se desviará do principal objetivo: "Temos uma missão social de acolher neste desporto todas as jovens que nos procuram. Com mais ou menos talento, todas têm o mesmo direto, e estamos cá para as ajudar a desenvolver competências", garantiu o dirigente, que estima, nos próximos anos, ter 150 atletas a praticar voleibol feminino no AVC.
Atlético voleibol clube
Fundação: 10 de setembro de 1998
Sócios: 300
Atletas na formação: 120
Palmarés: seis títulos nacionais e 18 regionais nos escalões de formação
Treinos: de segunda-feira a sábado
Horários: das 18.30 às 22 horas
Mensalidade: minis, 15 euros; restantes escalões, 25 euros