O jamaicano Usain Bolt, pago a "peso de ouro", fechou com uma vitória fácil nos 200 metros o meeting de atletismo de Paris, da Liga de Diamante, disputado esta sexta-feira, no estádio de França.
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O mediático atleta, que cobrou mais de 200 mil euros pela participação, concentrou as atenções da reunião, em que se registaram melhores marcas mundiais do ano em quatro especialidades, todas do sector feminino - triplo, dardo, 400 metros barreiras e 5.000 metros.
A corrida do duplo hectómetro acabou por desiludir, com Bolt a desacelerar no fim, para um "crono" de 20,03, longe do que já fez este ano. O francês Christophe Lemaitre foi segundo, com 20,21, distante do recorde gaulês que procura.
A prova foi afectada por ligeiro vento contrário (-0,6 metros por segundo) e por um atraso inesperado da partida, por problemas no sistema de cronometragem.
Em prova em que a portuguesa Ana Dulce Félix desistiu, Meseret Defar voltou aos seus melhores momentos nos 5.000 metros, que venceu com 14.29,52 minutos.
A etíope de 28 anos repete a vitória de Oslo e Hengelo e parece regressar à forma de 2004, ano em que foi campeã olímpica.
Nos 400 metros barreiras a checa Zuzana Hejnova, antiga campeã do Mundo de juvenis, conseguiu finalmente um grande resultado como sénior, com 53,29 segundos, que lhe valem a liderança mundial do ano.
As outras duas melhores marcas de 2011 aconteceram nos concursos, e para atletas já consagradas, como são a alemã Christine Obergfoll, no dardo, e a cubana Yargelis Savigne, no triplo.
A germânica, vice-campeã europeia e bronze nos Olímpicos, lançou o engenho a 68,01, enquanto que a cubana, bicampeã mundial em título, pulou até aos 14,99 metros.
Muito interessante também a corrida masculina dos 3.000 metros obstáculos, em que Alberto Paulo falhou os 8.29,00 que são mínimo para o mundial.
O atleta madeirense fez toda a corrida mal posicionado, para terminar em 15.º e último, com 8.35,39.
Venceu o francês Mahiedine Mekhissi Benabbad, filho de emigrantes argelinos, com um recorde pessoal de 8.02,09, a menos de um segundo do recorde da Europa.
Benabbad, campeão europeu em título e terceiro nos Jogos Olímpicos, saiu muito forte na última volta, relegando para segundo plano os atletas quenianos, melhores especialistas daquela prova.