Escorregão de Otamendi originou o golo da vitória dos flavienses. Encarnados somam a terceira derrota consecutiva e veem o F. C. Porto reduzir a distância para quatro pontos
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O regresso a Chaves, cinco anos depois, não podia ter corrido pior ao Benfica. As águias voltaram a ser uma sombra daquilo que já foram esta época, perderam com um golo nos descontos e somaram a terceira derrota consecutiva. Para piorar o cenário, em duas jornadas os encarnados passaram de dez pontos de vantagem sobre o F. C. Porto para quatro, e ainda vão defrontar o Braga e o Sporting, em jogos importantes para o título. No final da partida, muitos adeptos contestaram a equipa, com assobios e críticas, sobretudo à semana de folga dada ao plantel aquando da paragem para as seleções.
Neres regressou ao onze após uma semana atribulada, mas o ataque esteve adormecido e Rafa não ajudou. O avançado somou mais uma exibição pobre, com poucas acelerações e desequilíbrios. Sem Florentino, Schmidt apostou em Aursnes ao lado de Chiquinho, mas o norueguês não rendeu o mesmo do que quando joga na ala e faltou mais criatividade. Com a ausência do português, o Benfica não conseguiu recuperar bolas quando estava balanceado para o ataque, o que dificultou a criação de oportunidades. A melhor surgiu à meia hora, com um remate de António Silva por cima.
O segundo tempo começou com uma dupla chance de João Mário, mas numa série de ressaltos a bola parecia que não queria entrar. Pouco depois, foi o Chaves a mostrar que não vinha para brincar. Juninho ganhou a frente a Otamendi e a António Silva, mas, isolado perante Vlachodimos, permitiu a defesa do grego. O Benfica foi aumentado o ritmo e aos 90+2 Musa e Otamendi quase marcaram, não fossem grandes intervenções de Paulo Vítor. Diz-se que quem não marca sofre e, no lance a seguir, aos 90+4, Abass aproveitou um escorregão de Otamendi para dar a vitória aos flavienses.
As águias voltam a perder, veem o F. C. Porto aproximar-se e na quarta-feira deslocam-se a Milão, na Champions, para tentar reverter uma desvantagem de dois golos. A vida está complicada para o Benfica, que só se pode culpar a si próprio.
Análise
Positivo: António Silva foi dos melhores do Benfica. Do lado do Chaves, inevitavelmente há que destacar Abass, decisivo num lance crucial.
Negativo: O Benfica foi uma sombra do que já foi esta época enquanto coletivo. Ataque adormecido e quase nenhuma criatividade para criar chances.
Árbitro: Há um penálti claro por assinalar a Otamendi antes do golo do Chaves. Difícil para João Pinheiro, mas não se percebe como o VAR não interveio.
Veja o resumo do jogo:
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