
Carlos Vicens somou a segunda vitória ao leme do Braga nesta edição da Liga Europa
Foto: Lusa
Treinador do Braga, Carlos Vicens, rejubilou com o triunfo conseguido sobre o Celtic, na segunda jornada da Liga Europa.
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Feliz pela vitória sobre o Celtic, Carlos Vicens elogiou a equipa do Braga pela forma como reagiram ao último resultado na Liga portuguesa.
"Estou muito contente sobretudo por aquilo que os jogadores fizeram. Depois do jogo contra o Nacional, eles estiveram conscientes do nível que tínhamos de apresentar e que não podia ser nada parecido com aquilo que fizemos naquele dia. Eles eram os primeiros a precisar de uma nova oportunidade e para mostrar a equipa que realmente são. É com união e com esforço, por vezes titânico, que temos de jogar sempre. Estou muito contente por eles, mas também pelos nossos adeptos, nomeadamente aqueles que viajaram com a equipa e que nunca deixaram de apoiar. Esta é a nossa segunda vitória na competição, ainda por cima fora de casa", afirmou o técnico dos bracarenses.
"Melhor exibição da época? Não sei se foi, mas sei que a equipa mostrou uma cara diferente e foi competitiva. Os jogadores estiveram unidos. Esta exibição tem de servir de exemplo para o futuro. Mais do que tentar perceber porque temos uma cara em Portugal e outra na Europa é saber que este tem de ser o exemplo e que este é o Braga que queremos. Não digo que é um Braga sem cometer erros, porque há aspetos a melhorar e vamos trabalhar para que isso aconteça, mas a vontade, o esforço, a união e o sacrifício da equipa estiveram em Glasgow, muito parecido com aquilo que aconteceu contra o Feyenoord. É esta equipa que temos de ver de forma regular", acrescentou
Sobre as mudanças no onze inicial, Vicens falou de algum cansaço dos jogadores. "Já disputámos 15 jogos, mais do que qualquer equipa portuguesa, e este tem sido um processo de desgaste, porque trabalhámos intensamente na pré-época para hoje estarmos onde estamos. Ninguém dá nada de graça, há que trabalhar. Tivemos de ganhar golos em agosto, quando as outras equipas portuguesas estavam a preparar a pré-época tranquilamente. Nesse processo, a equipa teve de fazer um esforço enorme. O nosso trabalho é ir vendo quem são os jogadores que estão num melhor nível. Entendi que a equipa que de apresentar algumas alterações para ter frescura, porque seria um jogo exigente e intenso, porque sabíamos as qualidades do Celtic", disse.
"Caso não tivéssemos capacidade para nos movimentarmos em campo, iríamos ter dificuldades. Florian [Grillitsch], por exemplo, foi titular pela primeira vez. Sabíamos ainda que o João [Moutinho] tinha de entrar em qualquer momento para dar-nos a sua experiência e qualidade. Tínhamos de ter personalidade, porque não podíamos jogar na nossa área durante os 90 minutos. Tínhamos de ter um plano para ter golo. Tivemos ainda tranquilidade e confiança para chegar à vitória. Estou ainda muito contente pelo Vítor Carvalho, que voltou ao onze, num lugar [central] que não era fácil. Também queríamos dar minutos ao Yanis da Rocha, porque tem trabalhado muito bem desde a pré-época, e jogou num estádio que não é fácil, mas com os minutos foi ganhando confiança. É um jogador que nos pode dar alternativas. Foi por tudo isto que fizemos as alterações no onze", concluiu.
