O Benfica respondeu, esta sexta-feira, duramente, seis dias após o dérbi, ao corte de relações imposto pelo Sporting e às declarações do presidente Bruno de Carvalho.
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A SAD enviou, à tarde, uma participação disciplinar à Comissão de Instrução e Inquéritos das Competições Profissionais de Futebol, sobre os episódios da partida, que, a serem provados, podem custar ao Sporting a interdição do estádio, e Luís Filipe Vieira, líder encarnado, disparou, com força, na direção do homólogo leonino.
"Não processo sócios do Benfica apenas porque discordam de mim! Não digo que a bandeira nacional, símbolo do país, tem verde a mais. Não minto em relação a uma suposta conversa telefónica que nunca houve. Quando dispenso um treinador, assumo. Não me escondo. Há pessoas que ainda não perceberam que a mentira tem perna curta", sublinhou, num jantar da Casa do Benfica, em Leiria, que reuniu 450 adeptos.
O dirigente lamentou a tarja exibida no Pavilhão da Luz, no jogo de futsal entre as equipas - "É lamentável e injustificável" - mas recordou que o Sporting ainda não pediu desculpa pelo incêndio na Luz, provocado por adeptos do leão, a 26 de novembro de 2011. "Nessa altura, não cortámos relações com ninguém, porque o clube não pode ser gerido por impulso. Tem de ser gerido com responsabilidade, não pode ser gerido com a sensibilidade de um adepto de bancada. O Sporting não cortou relações por causa da tarja. A tarja foi um instrumento usado".
Relativamente ao dérbi do último domingo, foi incisivo. "A tarja do pavilhão não foi preparada nos nossos pavilhões, não foi pintada nas nossas garagens. As tarjas e as tochas são um problema que devia ser sido resolvido em dois sítios: na Liga e na Polícia. Não no Facebook, em comunicados, em propaganda".
Vieira recordou que o "speaker" de Alvalade nunca mencionou o nome Benfica. "Para mim, o Sporting é um clube que merece respeito. Por isso é que o Sporting, quando vai jogar à Luz, é tratado pelo nome. É Sporting, não é visitante".
Na participação enviada à Liga sobre o dérbi, a SAD destaca a "utilização indevida da aparelhagem sonora, impedimento da entrada de adeptos do Benfica no recinto, faixas exibidas" e "receção da comitiva, em Alvalade".