O treinador do FC Porto considerou este sábado um "descalabro" a nota atribuída a Duarte Gomes, que arbitrou o Benfica-FC Porto da 25.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, no que entende ser a "descredibilização total dos observadores".
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Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Portimonense da 26.ª ronda, André Vilas-Boas referiu, ainda, a existência de "dualidade de critérios" no castigo aplicado ao treinador do Benfica, Jorge Jesus.
Quanto à nota de Duarte Gomes, uma das mais altas da época, André Vilas-Boas refere que "a análise às incidências do jogo nunca foram tão unânimes", daí a sua estupefacção ao tomar conhecimento do "muito bom".
"É o descalabro e a descredibilização total dos observadores da Liga. Ou a pessoa em causa não foi ao jogo ou escreveu como adepto. Não sei se sim ou se não, mas arrisco dizer que sim. É brincar ao futebol, mas não é caso único", disse.
Apesar de renitente em abordar a questão por se tratar de um colega de profissão, o treinador dos "dragões" comentou ainda o castigo de 11 dias imposto pela Comissão Disciplinar da Liga a Jorge Jesus na sequência da alegada agressão a Luiz Alberto, do Nacional.
Villas-Boas defende que há uma clara "dualidade de critérios discrepante" no ajuizar dos acontecimentos, salientando ter sido punido com 10 dias por palavras dirigidas ao árbitro no "clássico" com o Sporting, em Alvalade, e Jorge Jesus com 11 por agressão.
O treinador reconhece que estes casos, tal como o apagão na Luz, após a conquista matemática do título no jogo com o Benfica, "são episódios que entram no ridículo do que, às vezes, é o futebol português".
"A sorte é que os holofotes que temos na Liga Europa (com a presença de três equipas nos quartos de final) são suficientemente fortes para abafar estes casos, mas um dia não será assim", sublinhou André Villas-Boas.