Vitinha, médio do PSG, agradeceu a receção eufórica dos portugueses na Alemanha e lembrou que Portugal tem uma grande seleção, mas que tem de provar isso dentro do campo.
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Vitinha foi o escolhido para falar aos jornalistas e ao país na primeira conferência de imprensa da seleção portuguesa em solo alemão. O internacional português começou por agradecer o apoio na chegada à Alemanha.
"É importante esta receção, tanto no aeroporto, como no caminho e na receção ao hotel. As pessoas gravavam para dentro do autocarro, nós para fora, estava brutal. Foi importante no Euro, em 2016, na França, onde há uma grande comunidade portuguesa, bem sei, e aqui na Alemanha igual. Esta receção e euforia foi incrível", referiu Vitinha.
Em 2016, o forte apoio ajudou as "quinas" a chegarem à final. Questionado sobre se este ano poderiam repetir o feito, Vitinha foi claro na resposta: "Não estamos aqui para fazer futurologia. Vamos fazer de tudo para estar lá [final]. Convém pensar no próximo jogo, no futuro próximo, e esse é o jogo com a Chéquia", esclareceu.
Vitinha abordou também o nível da seleção e de toda a expectativa em torno de uma das melhores gerações da história. "Nós temos uma grande seleção, grandes jogadores a jogar em grandes clubes. Fica difícil lembrar de quando se passou algo igual. Mas a verdade é que as seleções se provam dentro do campo e não na teoria de onde jogam. Temos de reforçar a ideia de que somos uma grande seleção, temos grandes jogadores, e é importante mostrar isso dentro do campo. É importante gerir bem as expecativas, porque são altas, mas temos bem presentes na nossa cabeça do que temos de fazer", afirmou.
O médio do PSG mostrou-se feliz pela distinção para o melhor onze da época da Champions e falou de uma época "muito boa a nível pessoal e coletivo". "Acho que não havia melhor forma de chegar aqui. Sinto-me motivado, preparado e sinto ansiedade de começar a ver a bola correr, de poder ajudar a Seleção e poder participar no meu primeiro Europeu. Espero ser importante", confidenciou.
Um tema que tem despertado o interesse de todos os portugueses tem sido o meio-campo e qual será a composição ao longo desta prova. "É importante ressalvar que temos muita quantidade e qualidade, e isso poucas vezes acontece. Quando há muita quantidade às vezes não há tanta qualidade e vice-versa. Acho que reunimos tudo. Fizemos três jogos particulares com três meios diferentes e demos uma boa resposta em todos. Cabe ao mister decidir qual o melhor meio-campo, dependendo do jogo e do contexto. Temos de estar preparados para dar a resposta", atirou o internacional português.
O primeiro desafio será contra a Chéquia, na terça-feira, às 20 horas portuguesas. Nesse sentido, Vitinha lançou um pouco este embate. "Acho que o jogo mais importante é sempre o próximo. Ainda para mais, por ser o primeiro. É importante mostrar ao que viemos e que queremos ganhar, marcando verdadeiramente presença neste Europeu. Pode ter importância acrescida por isso. Depois, em termos individuais, e não vou estar a falar de cada equipa, o nosso foco é só na Rep. Checa", assegurou.
Vitinha confessou, ainda, o desejo de estar entre os eleitos para cada desafio. "Qualquer jogo que não jogar, vou ficar triste e desiludido. Temos de engolir as nossas mágoas e desilusões, mas espero que não seja esse o caso. Sinto-me importante neste momento e espero continuar a sentir-me importante", revelou.
Numa longa conferência de imprensa, Vitinha falou também da influência de Cristiano Ronaldo para a imagem da seleção portuguesa no exterior. "O Cristiano é inacreditável, o reconhecimento dele por todo o mundo. Percebemos o porquê, pela carreira que teve, pelo que continua a fazer. Esperamos que possa ser uma grande ajuda e também estamos aqui para o ajudar em tudo para que juntos, como equipa, possamos ir o mais longe possível e ganhar", declarou o internacional português.