
Marega, jogador do F. C. Porto
Miguel Pereira/Global Imagens
O Vitória de Guimarães foi acusado de infrações enquanto promotor de jogos de futebol, no âmbito do caso Marega, disse esta quarta-feira fonte da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD).
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Questionada pela Lusa, a APCVD confirmou que o Vitória "já foi notificado de uma acusação de infrações relacionadas com o não cumprimento de deveres do promotor do espetáculo desportivo" no jogo com o F. C. Porto, da 21.ª jornada da Liga, em que Marega, avançado dos dragões, deixou o relvado do Estádio D. Afonso Henriques ao minuto 71, após atos racistas de alguns adeptos vitorianos.
O organismo esclareceu ainda que a acusação está enquadrada no processo contraordenacional por si instaurado a 17 de fevereiro, um dia depois do jogo, que visa "essencialmente apurar as eventuais responsabilidades contraordenacionais do promotor do espetáculo desportivo", tendo havido, nesse âmbito, uma reunião com magistrados do Ministério Público de Guimarães.
O Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) contempla, no artigo 113.º, a punição entre um a três jogos à porta fechada para os clubes que "promovam, consintam ou tolerem" comportamentos contra a dignidade humana, neste caso "em função da raça".
O caso também originou uma investigação da Polícia de Segurança Pública (PSP) às câmaras da videovigilância do estádio vimaranense, com a colaboração do Vitória, de forma a serem identificados os eventuais autores dos insultos racistas e um processo crime do Ministério Público (MP) "por atos de discriminação racial", que vai decorrer em "segredo de justiça".
