A França voltou a sagrar-se campeã do Mundo 20 anos depois e, nesta final frente à Croácia, há um nome que ficará para a história: Kylian Mbappé, o segundo jogador mais jovem de sempre a marcar na final de um Mundial.
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Uma final emotiva com seis golos e uma vitória gaulesa, pôs fim ao surpreendente Mundial da Rússia. Vinte anos depois de erguer a taça enquanto jogador, Didier Deschamps conquista o mesmo título como selecionador. Numa final, com seis golos. Algo pouco visto em jogos decisivos.
Só o Brasil, do primeiro mundial de Pelé, em 1958, fez mais golos no jogo decisivo: cinco, frente à Suécia, em casa da equipa anfitriã da prova.
A Itália, pátria do "catenaccio", em 1938, fez o mesmo que a França em 2018, vitória por 4-2, frente à Hungria; resta a história do Uruguai, cujo futebol pragmático e defensivo o levaram aos quartos-de-final na Rússia, mas que se apresentou ao mundo como equipa goleadora no primeiro mundial da história (1930), ao vencer, também por 4-2, a Argentina, e a jogar em casa.
Liberté, egalité e Kylian Mbappé
Nasceu a 20 de dezembro de 1998 - no ano em que a França venceu o primeiro Mundial - e, com apenas 19 anos, é titular indiscutível na seleção gaulesa. Com a camisola 10, que outrora pertenceu a Platini e Zidane, Mbappé até podia acusar a pressão mas respondeu à altura das exigências e mostrou faro para o golo.
Com 19 anos e 207 dias, o avançado do PSG é apenas superado pelo brasileiro Pelé (jogou Mundial em 1958 com 17 anos, oito meses e seis dias) e pelo italiano Giuseppe Bergomi (em 1982, com 18 anos, seis meses e 17 dias) como o mais jovem a disputar um mundial. E levou para casa o troféu de Melhor Jogador Jovem do Mundial de 2018.
Num domingo em que Kylian se encostou a Pelé no patamar da História do futebol. Aos 65 minutos, um tiro de meia distância aumentou a vantagem francesa no marcador e atirou o jovem avançado para o segundo lugar dos mais jovens de sempre a marcar numa final desta competição.
O primeiro lugar do pódio continua a ser ocupado por Pelé, que marcou na final do Mundial de 1958, na Suécia, por duas vezes, com 17 anos e 251 dias.
* Augusto Correia