Regularidade, dedicação e amor ao clube. Estes poderiam ser os pressupostos da mais recente contratação de qualquer emblema, mas não. São os princípios de Albertina Cunha e José Pereira, adeptos do Oliveira do Douro.
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A um jogo do fim da fase de apuramento, "Pina" e "Tininha" suspiram por ver o "clube da terra", equipa gaiense da Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, a levantar a taça de campeão.
José Pereira, conhecido por "Pina" entre os amantes do emblema gaiense, é o sócio número um do emblema fundado pelo pai. Aos 92 anos, já é mais antigo que o clube e, de jogador a vice-presidente, acumulou várias funções dentro do Oliveira do Douro. "As árvores morrem de pé. Não falho um jogo em casa e só não vou fora quando não tenho companhia porque já não tenho idade para essas aventuras. Isto ajuda-me a esquecer as adversidades da vida e deixa-me orgulhoso saber que dei muito ao Oliveira do Douro", conta José Pereira.
Outra das adeptas emblemáticas do clube de vila Nova de Gaia é Albertina Cunha. Com lugar cativo na bancada, faz-se ouvir em todo o estádio puxando pela equipa do início ao fim. Aos 80 anos, "Tininha" tem "netinhos" - como carinhosamente chama aos atletas - em todos os escalões e não passa um dia sem ir ao estádio, seja para ver jogos ou treinos.
"O Oliveira do Douro é o meu amor maior. Dá-me motivação para sair de casa e vir cá ver o que se passa todos os dias. Não posso passar sem vir ao campo porque fui nascida e criada no futebol. Conheço todos os estádios emblemáticos em Portugal e esta é a minha forma de conviver. Isto dá-me alegria", confessa Albertina Cunha.
O futebol é para todas as idades e representa um amor que atravessa gerações. No Oliveira do Douro respira-se futebol e, dos mais novos aos mais antigos, todos fazem parte desta grande festa.