<p>O sentido de voto do PSD anunciado ontem por Manuel Ferreira Leite ficou aquém dos desejos manifestados por José Pacheco Pereira e Paulo Rangel. Ambos defenderem publicamente uma estratégia "clarificadora" que passava pelo voto contra no Orçamento para separar as águas da política económica dos socialistas.</p>
Corpo do artigo
O eurodeputado reivindicou pertencer a "uma linha que entende que não devemos fazer grandes transigências com o Governo socialista". Segundo Rangel, o PSD devia "continuar a fazer uma oposição firme ao PS", ou seja, sem se pronunciar directamente sobre o sentido de voto, preferia o descomprometimento que um "chumbo" representaria.
Pacheco Pereira foi mais longe. O dirigente do PSD alertou Manuela Ferreira Leite nos órgãos de comunicação social para que "não haja a tentação no PSD de validar um Orçamento que agrave as condições económicas e sociais do País". Na altura, disse mesmo que "voto contra é uma possibilidade muito real".