A diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, afirmou, esta segunda-feira, que o acordo alcançado para Chipre fornece um "plano completo e credível" para lidar com os desafios económicos que o país enfrenta.
Corpo do artigo
Os ministros das finanças da zona euro aprovaram, esta segunda-feira, o acordo alcançado entre o Presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional sobre o resgate financeiro à ilha do Mediterrâneo.
Num comunicado publicado na página da internet do FMI, Christine Lagarde afirma que o plano "se foca em lidar com os dois problemas bancários e em proteger os depósitos em todos os bancos".
"Aborda de forma antecipada o problema bancário através de uma estratégia clara que assegura a sustentabilidade da dívida e não enterra excessivamente os contribuintes cipriotas. Este acordo providencia as bases para restaurar a confiança no sistema bancário, que é a chave para sustentar o crescimento", defendeu.
A zona euro decidiu proteger os pequenos depositantes cipriotas com a liquidação do banco Laiki e restruturação do Banco de Chipre, mas vai impor cortes aos grandes depósitos, os quais estão ainda por definir, disse o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em conferência de imprensa.
O acordo alcançado na madrugada de hoje "põe fim às incertezas que afetam Chipre e a zona euro", assegurou Jeroen Dijsselbloem.
Para a diretora do FMI, trata-se de um plano "completo e credível para se lidar com os desafios económicos que o país enfrenta".
"Acreditamos que o plano fornece uma solução durável e totalmente financiada para os problemas subjacentes que o Chipre enfrenta e coloca-o num caminho sustentável para a recuperação", afirmou.
O Presidente ciporiota, Nicos Anastasiades, afirmou estar "satisfeito" com o resultado das negociações no final das quase 12 horas de negociação em Bruxelas.
O vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e responsável dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse que o acordo foi "absolutamente essencial", pois irá permitir reconstruir a economia cipriota, e afirmou que Bruxelas vai fazer "tudo para atenuar as consequências sociais do programa e proteger mais vulneráveis" a este "choque económico "que o país vai sofrer com o resgate.
A notícia do acordo para o regaste financeiro de Chipre animou as bolsas internacionais, que abriram em alta na manhã desta segunda-feira.