O Ministério Público acusou cinco ex-administradores do Millemium-BCP por manipulação de mercado, falsificação de documento e burla qualificada, em co-autoria, confirmou a Procuradoria-Geral da República.
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Numa nota enviada à comunicação social, a PGR explica que os factos em causa foram praticados no período compreendido entre 1999 e 2007 e que dizem respeito à utilização de veículos off shore, detidos pelo banco de modo a influenciar os valores de mercado e o rating dos títulos BCP no mercado de valores.
Para o Ministério Público, ficou ainda provado que houve "falsificação da contabilidade do Banco, com vista a ocultar as perdas resultantes para o Banco, no valor aproximado de 600 milhões de euros" e que os administradores obtiveram "avultados prémios, calculados em função de resultados deliberadamente empolados, com um prejuízo para o banco de cerca de 24 milhões de euros".
Quanto às medidas de coacção aplicadas aos cinco arguidos, a nota apenas indica que estas têm "incidência patrimonial e outras".
O inquérito esteve a cargo da 9ª. Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que quarta-feira determinou a acusação.