A adesão à greve dos trabalhadores dos CTT, na área da distribuição na região de Lisboa, era, às 9.20 horas, de 85,12%, adiantou uma fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.
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"No que diz respeito aos carteiros, num universo de 780 trabalhadores, temos uma adesão de 85,12%", adiantou à agência Lusa o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNCT), que convocou a paralisação.
Vítor Narciso explicou que ainda não tem mais dados concretos sobre a adesão à greve dos carteiros dos funcionários das estações de correio, que abrem ao público entre as 8.30 e as 9 horas.
Contudo, o sindicalista adiantou que às 9.15 horas só tinha informação de que estavam abertas as estações de correio do Carregado e Rio de Mouro, cujo atendimento está a ser assegurado pelos chefes de estação.
"Sobre as estações de correio, gostaria apenas de adiantar que todas vão estar abertas porque foram dadas indicações, [por parte da administração da empresa] às chefias de que teriam de abrir as estações e assegurar o atendimento, mesmo que o Tribunal Arbitral não tenha decretado a abertura das estações", disse.
Vítor Narciso acrescentou também que a administração dos CTT, num e-mail que enviou às chefias, pediu que mesmo as estações que encerram à hora de almoço devem permanecer abertas.
O sindicalista tinha dito anteriormente à Lusa que a adesão à greve dos trabalhadores dos CTT nos turnos da noite das centrais de correio do Porto, Coimbra e Lisboa era às 7 horas de 87,65%.
A greve, marcada pelo SNCT, entre a meia-noite de quinta e a meia-noite de sexta-feira, visa protestar "contra a privatização dos CTT" e "defender um serviço público postal de qualidade".
Para além desta paralisação, Vítor Narciso referiu que "a luta não termina aqui" e que vão decorrer "ainda este mês outras ações de protesto, em conjunto com algumas juntas de freguesia, contra o encerramento de estações dos correios" em vários pontos do país.
Os CTT estão a terminar o processo de reorganização da rede dos correios, que representa o fecho de 124 estações e a abertura de 78 postos de correio, disse na quinta-feira à Lusa o presidente do Conselho de Administração.
"O processo está a acabar, fizemos uma reorganização da rede e vamos fechar 124 estações de correio e abrir 78 postos", afirmou Francisco de Lacerda, em entrevista à Lusa.
O grupo CTT conta com 1850 postos de correio, dos quais 828 em acordo com as juntas de freguesia, e com mais de 11 mil trabalhadores em Portugal.
Os sindicatos dos correios convocaram uma greve nacional nos CTT para hoje e para a próxima sexta-feira, em protesto contra a privatização da empresa e em defesa de um serviço público de qualidade.