O coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, José Manuel Oliveira, diz que a adesão à greve dos trabalhadores da CP está a ser "significativa, quase total", cumprindo-se apenas os serviços mínimos.
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"A adesão é significativa, quase total", disse à Lusa o dirigente sindical, referindo que nos comboios da CP apenas se "regista a realização dos chamados serviços mínimos".
O coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) destacou ainda a "paralisação da CP Carga", assim como a "grande adesão" dos trabalhadores da Refer - Rede Ferroviária Nacional e da Emef - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, que também estão abrangidos por esta greve em que é contestada a alteração da legislação que reduziu para metade o valor pago pelo trabalho extraordinário, em dia de descanso semanal e feriado.
De acordo com fonte oficial da CP, desde a meia-noite, quando se iniciou a greve, até às 12.00 horas, foi possível efetuar 30% do total de circulações, tendo os serviços mínimos sido cumpridos "em pleno".
Os serviços mais afetadas pela paralisação são o regional e urbano de Lisboa.
A circulação de comboios deve continuar a sofrer perturbações até à manhã de quarta-feira.
Segundo a CP, em 2012 foram suprimidos, por motivos de greve, 30445 comboios, o que representou 7% dos comboios programados.
No último ano, as receitas do tráfego diminuíram um milhão de euros, para 211 milhões de euros, o que foi justificado com a perda de 11,4% de passageiros, a que a empresa considera que "não foi alheio o elevado número de greves que ocorreram durante todo o ano, com especial significado no último trimestre".