A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal solicitou ao Ministério das Finanças uma adiamento por 90 dias da obrigatoriedade de novos equipamentos e sistemas de faturação, por estes estarem esgotados no mercado.
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Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a associação salienta que esta é a única forma de as empresas cumprirem as novas obrigações de faturação, em vigor desde o início deste ano.
Outra das dificuldades invocadas para a AHRESP é a "falta de informação" da Autoridade Tributária sobre "várias questões" que têm sido colocadas pela associação desde a entrada em vigor da nova legislação relativa à faturação, bem como a "complexa linguagem técnica, inacessível à compreensão" dos empresários.
"Os serviços da AHRESP, ao longo de todo o país, estão a ser confrontados com o desespero dos empresários que querem cumprir com as suas obrigações legais e não têm como", afirma a associação naquele comunicado.
A reforma do regime de faturação entrou em vigor a 1 de janeiro, levando a maioria das empresas a ter de adquirir novas máquinas registadoras.
A Confederação do Comércio Português (CCP) solicitou na segunda-feira ao Ministério das Finanças tolerância para os comerciantes que comprovassem terem feito a encomenda dos novos equipamentos até 31 de dezembro, evitando penalizações.
"Por parte do Ministério das Finanças não houve qualquer resposta. Inclusivamente houve declarações públicas no sentido habitual de pura e simplesmente não ligar às preocupações das empresas", afirmou o presidente da CCP, Vieira Lopes, acrescentando que muitos empresários serão forçados a emitir faturas manualmente.