Os representantes dos patrões e da UGT mostraram-se, esta segunda-feira, confiantes num acordo tripartido à entrada para a reunião em sede de concertação social, mas admitem um diálogo de longas horas para alcançarem um consenso.
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"Ainda há muitos choques entre as matérias", salientou o sindicalista, acrescentando todavia que espera "uma longa reunião".
Também o presidente da CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva, manifestou convicção de que há condições para chegar a um consenso, embora sublinhe pontos de divergência entre os parceiros.
"Estas reunião é para isso mesmo e é minha convicção que mesmo nos pontos mais difíceis haja um acordo".
António Saraiva e João Proença foram dos primeiros a chegar ao encontro agendado para as 10 horas.
Também o secretário-geral da Confederação da Agricultura (CAP), Luís Mira, Assunção Cristas, ministra da Agricultura e Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, chegaram ao local do encontro.
O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, foi quase o último dos parceiros a chegar e pelas 10.30 horas chegou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
O Governo e os parceiros sociais voltam, esta segunda-feira, à concertação social para discutir o compromisso para o crescimento, competitividade e emprego.
Em cima da mesa de negociações estará uma nova versão do documento de trabalho já conhecido dos parceiros sociais, com alterações significativas face ao anterior, que foi discutido a 23 de Dezembro, dia em que a CGTP abandonou a reunião em sinal de protesto.
Além da proposta do Governo de eliminação da majoração das férias em função da assiduidade, por considerar que esta medida vai ajudar a promover o relançamento económico e o eficiente funcionamento do mercado de trabalho, já conhecida no documento anterior, o Executivo propõe agora que as 'pontes' possam ser descontadas nos 22 dias de férias, por decisão do empregador.
Deverão também ser conhecidos quais os feriados que o Governo prevê eliminar. Sabe-se que são quatro, dois civis e dois religiosos, mas desconhecem-se as datas.
As alterações ao subsídio de desemprego também serão um dos temas fortes deste encontro.