O ajuste direto foi o procedimento escolhido em 83% dos contratos públicos de aquisição de bens e serviços e empreitadas de obras públicas publicados em março, segundo a Síntese Mensal da Contratação Pública.
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As estatísticas do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC), divulgadas esta quarta-feira, mostram que em 12604 contratos públicos, no valor de 618 milhões de euros, o ajuste direto foi a opção escolhida em 10420 desses contratos, avaliados em 271 milhões de euros.
Em março, dos 12604 contratos públicos foram a concurso público 1035, no valor de 230 milhões de euros, sendo, assim, o ajuste direto o procedimento utilizado em 83% dos casos.
Em março também se registou um aumento de 31% no número de anúncios publicados no Diário da República e de 37% na despesa, totalizada em 618 milhões de euros.
Comparando com fevereiro, em março foram publicados mais 2947 contratos, representando uma despesa superior a 168 milhões de euros.
Os 12604 contratos publicados em março, que representam um aumento da despesa contratada em 160 milhões de euros, face a igual período do ano anterior, ultrapassam o número médio mensal verificado desde janeiro de 2014, de 9147 contratos.
"Foi em outubro de 2015 que se verificou o maior pico de contratos publicados (12816), correspondendo o pior mês a agosto de 2014, com 6527 contratos. O ano de 2017 apresenta em março um número de contratos próximo do máximo registado desde 2014", lê-se naquela nota.
Durante março foram publicados 1301 anúncios de abertura de concursos de aquisição de bens, serviços e empreitadas no valor de 899 milhões de euros, representando as empreitadas de obras públicas 413 milhões de euros desse total (46%), pertencendo o restante a contratos de bens e serviços (54%).