O montante do plano de resgate a Chipre, definido em 10 mil milhões de euros, "não vai mudar" mesmo se as necessidades do país forem revistas em alta, disse o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert.
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"Este montante já é muito elevado", acrescentou Steffen Seibert numa conferência de imprensa regular, sublinhando que "a contribuição dos credores internacionais não terá alterações".
As declarações do porta-voz do Governo alemão surgem após o presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, ter afirmado que vai pedir "ajuda suplementar" à União Europeia para a ilha cipriota face às severas medidas de austeridade impostas no âmbito do plano de resgate definido pelo Eurogrupo.
Momentos depois das declarações do presidente Anastasiades, um diplomata cipriota afirmou que o país não está a pedir mais dinheiro à União Europeia.
"Não pedimos dinheiro extra, mas uma ajuda reforçada da equipa da Comissão Europeia", para diminuir o peso das medidas acordadas em troca de empréstimos, afirmou à agência de notícias France Presse um diplomata cipriota.
A zona euro deverá pronunciar-se, esta sexta-feira, em Dublin, sobre as modalidades da assistência a Chipre, que terá de fazer mais esforços dos que os previstos.
A reestruturação do setor bancário, que acompanha o resgate e que inclui a retirada de depósitos, bem como as medidas de austeridade, vão afetar "negativamente" a economia a curto prazo, revelou na quinta-feira o relatório de Sustentabilidade da Dívida Pública de Chipre, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.