O emprego no Norte voltou a crescer no último trimestre de 2015, em termos homólogos, tendo sido a indústria transformadora o setor que mais contribuiu para esse crescimento.
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"No quarto trimestre de 2015, o emprego na Região do Norte voltou a crescer em termos homólogos (mais 0,9%), depois de ter observado uma variação nula no trimestre anterior", explica em comunicado a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), responsável pelo relatório trimestral Norte Conjuntura.
Ainda de acordo com a CCDR-N, "a indústria transformadora foi o setor que mais contribuiu para esse crescimento".
O estudo revela também que no quarto trimestre do ano passado, a taxa de desemprego na região Norte fixou-se em 13,5% "mantendo-se quase estável face ao trimestre anterior" que tinha assinalado um valor de 13,6%.
"A quase estabilidade da taxa de desemprego resulta do desemprego masculino, enquanto a taxa feminina de desemprego tem conhecido maior evolução", explica o documento segundo o qual "a população desempregada residente na região Norte, estimada pelo INE, totalizava no quarto trimestre cerca de 245 mil indivíduos".
Os municípios que mais contribuíram para a variação homóloga negativa do desemprego registado na região do Norte no final de 2015 voltaram a ser Vila Nova de Gaia, com menos 2.174 desempregados inscritos do que um ano antes (variação homóloga de -7,7% e um contributo de -0,85% para a variação global da região) e Braga, com menos 1.669 desempregados.
Quanto à taxa de emprego, a região Norte verificou uma taxa de 66,7% de população empregada "superando os registos do trimestre anterior" com 66,5%.
Numa média anual, a taxa de emprego no Norte aumentou 1,2 pontos percentuais.
Só nas indústrias transformadoras foram contabilizados, no quarto trimestre de 2015, mais cerca de 24 mil empregados que no ano anterior, contribuindo este ramo, juntamente com o comércio e as atividades de saúde humana e apoio social, para o crescimento do emprego na região.
Em sentido contrário, o relatório editado pela CCDR-N destaca a quebra no setor primário onde foi registada uma "perda líquida de cerca de oito mil empregados na comparação com o trimestre homólogo".
Já ao nível da exportação de mercadorias das empresas com sede na região Norte foi registada "uma aceleração de crescimento no 4.º trimestre, com uma variação homóloga de 7,7% em valor, impulsionada sobretudo pelas exportações da fileira automóvel".
O relatório assinala também "os contributos das exportações de borracha e suas obras (com uma variação homóloga de 25,6%), do vestuário de malha (+11,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+10,5%) e de mobiliário (+13,6%)".
Ao nível das indústrias tradicionais, o volume de negócios das empresas dedicadas à fabricação têxtil do Norte "aumentou 5,3% em termos homólogos com destaque para a faturação no mercado externo cujo crescimento superou claramente o da faturação no mercado interno no quarto trimestre".
Quanto ao turismo, "os principais indicadores de atividade dos estabelecimentos hoteleiros da Região do Norte continuaram a registar variações homólogas bastante positivas no 4.º trimestre de 2015, embora em desaceleração face ao trimestre precedente".