O governo grego já enviou ao Eurogrupo o pedido de extensão do programa, que expira no dia 28, pela duração de "seis meses". A confirmação foi avançada pelo presidente do Eurogrupo através do seu perfil, na rede social Twitter.
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"Recebi o pedido grego para uma extensão de seis meses", anunciou o holandês, numa mensagem curta divulgada às 10.30 horas (09.30 horas em Portugal continental). O conteúdo da proposta não é ainda conhecido.
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Na segunda-feira, após um novo fracasso das negociações com Atenas, o Eurogrupo admitiu como possibilidade agendar uma reunião para amanhã, sexta-feira, para que a proposta seja debatida, pela zona euro. A reunião foi entretanto confirmada pelo próprio Dijsselbloem, para amanhã às 15 horas, de Bruxelas, menos uma em Lisboa.
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Quarta-feira, os jornais gregos adiantaram que o pedido do governo de Alexis Tsipras seria para a extensão de um "contrato de empréstimo". Mas, Berlim já tinha dito que não existe uma oferta para este "contrato".
Ainda no final da reunião do Ecofin, na terça-feira, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, considerou que o que está em causa "não é uma extensão do programa de financiamento, mas sim se o resgate [pedido pelo anterior governo] é cumprido, sim ou não".
Entretanto, Comissão Europeia disse que quer "ver no papel" o que propõe Atenas, para desbloquear o impasse em torno do modelo para extensão do resgate de 240 mil milhões de euros, que termina no final do mês. Bruxelas continua a admitir "flexibilidade" para a adaptação de "algumas medidas", com as quais o novo governo anti-austeridade não concorda. Mas, exige "compromisso" e "respeito" pelas regras.
"De um modo geral, a abordagem no Eurogrupo foi muito clara. O caminho mais realista é a extensão do programa actual. Claro, que isso também significa que, enquanto se respeitam os atuais compromissos, ao mesmo tempo permitir-se-á algum tipo de flexibilidade. Por exemplo, se as autoridades gregas preferirem alterar algumas medidas do programa atual por outras medidas, de equivalente impacto orçamental, isso também poderá ser objeto de debate", afirmou o comissário europeu do euro, Valdis Dombrovskis, recusando-se a acrescentar mais comentários.
"Primeiro precisamos, realmente, de ver no papel o que o governo grego está exactamente a propor e só depois estaremos em condições para comentar", disse o comissário, enquanto insistia que "é importante que a extensão aconteça", uma vez que se aproxima o termo do programa e a sua extensão "permitirá, eventualmente, desbloquear as verbas que estão disponíveis para a Grécia, no âmbito do programa. E, em segundo lugar dará mais tempo para a negociação entre a Grécia e o Eurogrupo".