O Banco Central Europeu decidiu manter a sua principal taxa directora em 1% pelo 18.º mês consecutivo.
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A decisão de manter inalterada a taxa de juro já era esperada e acontece depois de a aprovação do plano de resgate à Irlanda no valor de 85 mil milhões de euros não ter travado os efeitos de contágio a Portugal e Espanha, o que está a levar vários analistas a sugerirem uma crise da dívida soberana na Europa.
Os mercados aguardam agora as declarações do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, em conferência de imprensa esta tarde, em Frankfurt, sobretudo quanto à compra de títulos de dívida soberana dos países da zona euro, na sequência da medida tomada em maio durante a discussão do plano de resgate à Grécia.
Após a reunião de Outubro, o responsável deu indicações de que o BCE estava a ponderar a retirada gradual de medidas de apoio à economia, mas os novos desenvolvimentos podem alterar estas perspectivas.
O BCE também manteve inalteradas as outras duas taxas de referência, a taxa marginal de crédito e a taxa de depósitos, em 1,75% e 0,25%, respectivamente.
O conselho de governadores do BCE baixou em Maio de 2009 o preço do dinheiro para 1%, o valor mais baixo de sempre desta taxa desde a criação da união monetária em 1999, com o objectivo de ajudar à recuperação da economia.