Animados pelo crescimento do PIB na Alemanha e França, e pelas previsões de retoma avançadas pela Reserva Federal norte-americana, as bolsas europeias prosseguiram a sequência de subidas que se mantêm há algumas semanas.
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Por cá, o PSI 20 seguiu a mesma tendência, assinalando um ganho de 0,79%, com 16 dos 20 títulos do índice nacional em alta. O movimento de fortes valorizações foi, igualmente, uma realidade nos EUA, com Wall Street a abrir, ontem, a ganhar. Um dos índices norte-americanos, o Dow Jones, até acumula um ganho de 45% desde Março.
O período de fortes quedas que se agravou até em Março deste ano parece já ter passado mas, na visão do corrector da Go Bulling, Luís Gonçalves, "estamos numa fase de consolidação das subidas", o que pode significar que os ganhos se devem manter daqui para a frente, mas em níveis inferiores aos registados até agora.
"O comportamento da Bolsa tem reflectido uma melhoria global de todo o tipo de investimentos, não só das acções, mas também das obrigações, por exemplo", explica Luís Gonçalves. Um comportamento potenciado pelos indicadores macro-económicos dão "sinais de melhoria da economia", refere o corretor.
O discurso, de anteontem, da FED traduz "optimismo mas, também, alguma prudência, porque ainda há elementos contraditórios, como o desemprego que, apesar de crescer a um ritmo menor nos EUA, continua a aumentar", salienta Luís Gonçalves. Por isso, a retoma nos EUA poderá demorar mais do que o esperado e "abrandar a evolução da economia", frisa o analista.
Segundo o corretor da Go Bullding, os ganhos nas bolsas devem-se "aos resultados apresentados pelas empresas, que superaram as expectativas iniciais, em parte porque partiam de expectativas mais baixas".
Nos próximos tempos, é possível que se registe um "travão grande nas subidas" e, na opinião do corretor, deve olhar-se para o mercado com "optimismo, mas sempre com muita precaução".