Seis linhas da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) voltam esta sexta-feira ao percurso normal pela Praça da Liberdade, após anos de circulação por percursos alternativos devido às obras do metro, divulgou a transportadora.
Corpo do artigo
Em causa estão as linhas 200, 208, 305, 501, 703 e 801, cujos autocarros, vindos da Cordoaria, deixarão de fazer o percurso atual pela Rua de Ceuta, Rua do Almada e Rua de Ramalho Ortigão, voltando a fazer o percurso normal pela Rua dos Clérigos e Praça da Liberdade.
No caso da 200 (Bolhão - Castelo do Queijo), na ida a viagem permanece inalterada, verificando-se as alterações na volta: Cordoaria, R. dos Clérigos, Praça da Liberdade, Av. dos Aliados e percurso normal.
Quanto às linhas 208 (Aliados - Aldoar) e 501 (Aliados - Matosinhos [Praia]), na ida "iniciam viagem na paragem AL2, Trindade, Av. dos Aliados, R. Elísio de Melo e percurso normal", e na volta fazem o trajeto "Cordoaria, R. dos Clérigos, Praça da Liberdade, Av. dos Aliados e término na paragem AL2".
Já as linhas 305 (Cordoaria - Hospital São João) e a 801 (Cordoaria - São Pedro da Cova), na ida passam a fazer o percurso "Cordoaria, R. dos Clérigos, Praça da Liberdade, Av. dos Aliados, R. Guilherme da Costa Carvalho e percurso normal", e a volta permanece sem alterações.
A linha 703 (Cordoaria - Sonhos) passa a fazer, à ida, o percurso "Cordoaria, R. dos Clérigos, Praça da Liberdade, Av. dos Aliados e percurso normal", e à volta mantém o atual trajeto.
Condicionamento nos Clérigos e Lóios
Na quinta-feira, a Metro do Porto divulgou que a reposição dos carris do elétrico na Praça da Liberdade, no Porto, retirados por causa da construção da Linha Rosa (São Bento - Casa da Música) do metro, vai condicionar a zona dos Clérigos e Lóios durante cinco semanas.
De acordo com um comunicado da Metro do Porto, a reposição dos carris do elétrico "implica um estreitamento de via na Rua dos Clérigos e vai impossibilitar a circulação automóvel na Rua Trindade Coelho e no Largo dos Lóios".
O condicionamento começa na sexta-feira e durará "um período estimado de cinco semanas", e a circulação rodoviária far-se-á pela Praça da Liberdade, ponto de partida e chegada da futura Linha Rosa do Metro do Porto (São Bento - Casa da Música).
Em maio, os municípios acionistas da STCP aprovaram um pedido formal de indemnização à Metro do Porto por causa do encerramento da linha 22 do elétrico, suspensa devido às obras de construção da Linha Rosa.
A proposta de indemnização à Metro do Porto partiu "do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira", e foi "aprovada por unanimidade", segundo a STCP.
"A decisão foi justificada pelo impacto significativo que o encerramento da linha - inativa desde finais de 2021 - tem tido nas contas da empresa e, por consequência, nas obrigações de serviço público assumidas pelos acionistas. A indemnização será pedida com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2024", de acordo com a STCP.
Segundo a empresa liderada por Cristina Pimentel, "a linha 22 deveria ter retomado operação no final de 2023, segundo os prazos inicialmente definidos", mas a sua reabertura foi "sucessivamente adiada" e não havia, na altura, "nova data oficial" para tal suceder.
O elétrico 22 faz a ligação entre o Carmo e a Batalha, passando pela Rua dos Clérigos e Praça da Liberdade, uma zona ainda afetada pelas obras de construção da Linha Rosa do Metro do Porto, que vai ligar São Bento à Casa da Música.
"A STCP estima que os prejuízos em 2024 ascendam a cerca de um milhão de euros, combinando a perda de receita direta e os custos adicionais com policiamento para garantir a operação da linha 18", refere a transportadora.
Contactada pela Lusa, fonte oficial disse então que o assunto ficaria "sem comentários por parte da Metro do Porto".