O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lamentou, em Estrasburgo, a decisão da Moody's de cortar o 'rating' de Portugal e incentivou Lisboa a prosseguir no rumo de reformas negociado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
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"Lamento a decisão de uma agência de notação de cortar no 'rating' de Portugal", disse Durão Barroso, acrescentando que "encoraja Portugal a prosseguir no rumo definido pela Comissão Europeia, BCE e FMI".
Também o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos classificou como "extremamente infeliz" o "timing" da decisão da Moody's de cortar o "rating" de Portugal, dias após o Governo ter anunciado medidas de austeridade suplementares.
Em conferência de imprensa, em Bruxelas, Amadeo Altafaj Tardio disse que "não só as autoridades portuguesas começaram agora mesmo a implementar o programa de assistência, como até vão mais longe", ao anunciarem medidas que vão para lá daquelas negociadas com UE e FMI.
Apontando que, normalmente a Comissão não comenta 'ratings' dos países, o porta-voz do comissário Olli Reh disse que, "todavia, este caso em particular contrasta bastante com o início determinado da implementação do programa pelas autoridades portuguesas, que até anunciaram medidas adicionais àquelas negociadas".
Amadeo Altafaj Tardio lembrou que a primeira revisão da implementação do programa terá lugar apenas no final de Agosto, pelo que "o timing da decisão da Moody's é não só questionável, mas também baseado em cenários absolutamente hipotéticos que não estão de algum modo em linha com o programa económico".