O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, acusou a chanceler alemã de "postura de colonialismo puro", ao ter defendido a uniformização do período de férias e o aumento da idade da reforma na União Europeia.
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"O que se pretende são políticas colonialistas e é uma postura de ausência de solidariedade e de colonialismo puro", acusou Carvalho da Silva, depois de um encontro com Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, em Lisboa.
Para o responsável sindicalista, estas "posturas" defendem que os "ricos ainda sobrevivam num sistema de exploração desastroso à custa da exploração dos países mais pobres".
Carvalho da Silva sugeriu ainda a Ângela Merkel que seja "colocada em Portugal num trabalho precário e nas condições de emprego vividas pelos jovens".
O dirigente da CGTP recordou que actualmente para se atingir o "pleno da reforma" é necessário trabalhar, em Portugal, até "muito próximo dos 66 anos".
Quanto às férias, o sindicalista lembrou que na Alemanha o período pode ir até aos 30 dias e que a governante deveria ter comparado salários, horários de trabalho e as condições de vida entre portugueses e alemães.
O secretário-geral da UGT lamentou a ignorância da chanceler alemã quanto à realidade portuguesa, salientando que os portugueses se reformam mais tarde e trabalham mais horas que os alemães.
A chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu a unificação da idade da reforma e dos períodos de férias na União Europeia, criticando os sistemas vigentes na Grécia, Espanha e Portugal.
