
Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD)
Foto: António Pedro Santos/Lusa
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse, esta quinta-feira, que o banco público estima pagar ao Estado mil milhões de euros em dividendos em 2026, admitindo ainda que poderá ser ponderado um pagamento mais elevado.
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Segundo Paulo Macedo, os mil milhões de euros é o valor com que o conselho de administração do banco público prevê remunerar o acionista único da CGD, o Estado português.
O gestor disse que há outros fatores que influenciam a distribuição de dividendos (caso dos rácios de capital) e acrescentou que "dentro de certas condições [a CGD] poderia distribuir valores ainda superiores" pois tem capital que o permite.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2026, ao contrário do que costuma ser habitual, o Governo não indicou o valor em dividendos da CGD estimados arrecadar no próximo ano, referindo apenas que será a maior fatia dos 1443,5 milhões de euros de "rendimentos de propriedade".
A CGD divulgou, esta quinta-feira, que teve lucros históricos de 1400 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 2% do que no mesmo período de 2024.
Quanto aos lucros da CGD nos anos seguintes, disse o gestor que se estimam lucros menores (tendo em conta a queda das taxas de juro), mas que continuarão a ser resultados "robustos".
