O secretário-geral da CGTP condenou o facto de só os funcionários do Pingo Doce que trabalharam no 1.º de Maio poderem usufruir da campanha de descontos de 50% em compras acima dos 100 euros.
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"Estamos perante uma situação inadmissível, desde logo porque põe em causa o direito à greve. Os trabalhadores, pelo facto de exercerem o direito à greve, não podem ser penalizados", afirmou aos jornalistas Arménio Carlos, no final de uma reunião com o ministro Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia.
O secretário-geral da CGTP disse ainda que, se se confirmar que só os trabalhadores do Pingo Doce que laboraram no 1.º de Maio é que vão poder usufruir da campanha de descontos, fica demonstrado que Soares dos Santos "abomina mesmo o 1.º de Maio" e "não se tratou de um ato casual e casuístico", mas sim de uma medida premeditada.
Arménio Carlos apelou ainda aos trabalhadores do Pingo Doce para que não se deixem "subjugar a este tipo de atitude fascistoide e deem a resposta merecida", porque "não pode haver discriminação".
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) enviou à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) uma queixa contra a Jerónimo Martins por considerar que existe "discriminação" entre os trabalhadores do Pingo Doce.
Segundo fonte sindical, em causa está o facto de apenas os trabalhadores que estiveram a laborar no 1.º de Maio poderem usufruir da campanha de descontos de 50% em compras acima dos 100 euros, que decorre esta semana para os funcionários da rede de supermercados Pingo Doce.