O JN falou com Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP.
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Qual o principal mote para o protesto de hoje?
O descontentamento profundo dos trabalhadores de todos os setores da Administração Pública que veem a sua qualidade de vida ser posta em causa há anos. E agora, com o brutal aumento de preços e da inflação, sentem que o seu trabalho não é valorizado. Vamos para 13 anos sem uma verdadeira valorização salarial. O problema é transversal, coloca-se na Administração Pública e no privado. No primeiro caso, por falta de negociação do Governo e, no segundo, por bloqueio da contratação coletiva.
Que medidas extraordinárias defende?
A 1 de maio, lançamos reivindicações perante o aumento do custo de vida e da inflação, desde logo o aumento geral dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros para 2022, e do salário mínimo nacional para 800 euros a 1 de julho.
E para as reformas?
Em Portugal, 16% dos reformados são pobres. Defendemos o aumento extraordinário das pensões para além do Orçamento do Estado, no mínimo de 20 euros.
Qual o calendário de luta da CGTP no curto prazo?
Após a manifestação do dia 27 no Parlamento, iniciaremos uma ação de luta para todo o mês de junho. Estaremos nas ruas, nas empresas e nos serviços. Em julho, faremos uma ação nacional em Lisboa.